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Nem tudo que reluz é ouro

Vigiemos, pois, para que não sejamos enganados pelas aparências

05/09/2016 10:28

Os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016 se encerraram no dia 21 de agosto, em fulgurante cerimônia que foi destaque pelo mundo. E, como é usual nas competições, alguns conquistaram as tão cobiçadas medalhas enquanto outros não conseguiram subir ao pódio.

A pedido do comitê organizador, 2.488 medalhas foram produzidas pela Casa da Moeda, para serem distribuídas aos atletas em 306 competições. O número de medalhas é bem superior ao de provas porque para cada uma destas há três lugares no pódio e muitas dizem respeito a esportes coletivos.

O campeão absoluto foi os Estados Unidos, que alcançaram ao todo 121 medalhas, sendo 46 de ouro. Já o Brasil ficou em 13º lugar com 19 premiações, sendo 7 de ouro, e conseguiu assim a sua melhor campanha em Olimpíadas.

Vale advertir, entretanto, que quando o assunto é medalha olímpica, nem tudo que reluz é ouro. Isto porque a composição atual das de ouro é de 92,5% de prata; 6,16% de cobre e apenas 1,34% de ouro.

E, se no caso das honrarias olímpicas a discrepância entre a aparência externa e a substância interior não é segredo e não causa problemas, quando isto ocorre na vida do ser humano pode ser difícil de constatar e ocasionar graves complicações.

Jesus Cristo reprovou veementemente a hipocrisia dos fariseus que se apresentavam à sociedade judaica como exemplo de decência, mas longe dos olhares do povo tinham um comportamento reprovável. Em Mateus 23:5-7, Cristo disse o seguinte sobre os fariseus:

Fazem todas as obras a fim de serem vistos pelos homens; pois trazem largos filactérios, e alargam as franjas das suas vestes; e amam os primeiros lugares nas ceias e as primeiras cadeiras nas sinagogas; e as saudações nas praças; e o serem chamados pelos homens; Rabi, Rabi”.

Contudo, Jesus conclui sua posição sobre os fariseus de forma dura, chamando-os de “sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia”.

Outra ocasião bíblica em que as aparências divergiam da essência está descrita no capítulo 5 do livro de Atos, quando um homem chamado Ananias e sua esposa Safira venderam uma propriedade e levaram uma parte aos apóstolos. A questão é que eles retiveram parte do preço enquanto se passaram por quem doava o valor integral. Porém, foram desmascarados por Deus e morreram.

Jesus nos alertou, também, acerca dos falsos profetas que, conforme está escrito em Mateus 7, aparecem vestidos de ovelhas, mas interiormente são como lobos devoradores. Ainda que em nome do Senhor profetizem, que expulsem demônios e façam muitas maravilhas, Cristo dirá a eles: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.

Vigiemos, pois, para que não sejamos enganados pelas aparências. E que não tenhamos apenas semblante de santidade, mas possamos adorar a Deus em espírito e em verdade.


Autor: André Falcão - Contador, Analista do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Ceará, Escritor do Blog "André Falcão" - http://afalcao7.blogspot.com.br/

Edição: Pollyana Rocha
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