Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

Produtos geek ganham espaço no Salão do Livro do Piauí

Quadrinhos, séries, jogos e objetos personalizados com personagens do mundo Geek fazem sucesso entre jovens e adultos.

17/06/2016 07:40

Engana-se quem pensa que no Salão do Livro do Piauí (SaliPi) só há espaço para literatura clássica e livros acadêmicos. Alguns dos estandes mais procurados oferecem produtos para o público geek, como quadrinhos, séries, jogos, canecas e camisetas personalizadas, botons, entre outros. 

Um desses estandes é o Quinta Capa, dos irmãos Caio Oliveira e Bernardo Aurélio, que disponibilizam histórias em quadrinhos, mangás, entre outros. Caio Oliveira, proprietário da loja, explicou que a ideia de criar esse espaço surgiu exatamente da necessidade de buscar determinados produtos e não encontra-lo à venda em Teresina.

(Foto: Moura Alves/ O Dia)

 “Quando chegamos em Teresina em 1994, conhecemos uma banca que vendia quadrinhos e ela se tornou praticamente nossa segunda casa, porque era um ambiente gostoso. Então decidimos criar um espaço, porque nós, enquanto fãs e consumidores, estávamos tendo dificuldade para ter acesso a esse material. Juntamos dinheiro e montamos nosso espaço, onde as pessoas podem se encontrar para conversar sobre isso”, disse.

Caio citou que algumas livrarias oferecem opções aos consumidores, contudo, o material é restrito e pouco atrativo. “Nós, enquanto consumidores e fãs, entendemos e sabemos o que estamos procurando e o que o público quer, enquanto em livrarias não há esse entendimento. Eles têm algum tipo de produto, mas não tem o feeling do que o público quer, porque não conhecem muito bem a obra. Assim como nós, outros grupos foram se formando, como o pessoal da Arcádia, que veio depois quando viu que tinha público, ou como o pessoal que joga Magic, que abriram uma loja basicamente junto conosco, em 2010”, destacou.

A Arcádia participa pelo terceiro ano consecutivo do SaliPi e as vendas tem superado as expectativas. Segundo o proprietário Ícaro Igreja, a ideia de criar a loja surgiu da necessidade de ter produtos diferentes e personalizados e que eram difíceis de serem encontrados na capital.

“Aqui tem um pouco de tudo. Trouxemos quatro mil botons, que durariam até o final do SaliPi, mas já estão praticamente acabando. Temos oferecido produtos com preços bem em conta, a partir de R$2, R$4, até R$80. Também estamos mesclando preços e produtos em todos os nichos para atender a todos os públicos, como livros, pelúcias diferenciadas, camisas personalizadas”, citou.

Público é geralmente de adultos

Ícaro Igreja destacou que o público que visita o estande é bem variado, mas ao mesmo tempo que é bastante específico. “Geralmente são pessoas que não têm tempo de ir à nossa loja no Centro e, como sabem que estamos no SaliPi, vem nos procurar aqui. Além disso, temos 30% de público novo, que estão conhecendo agora a loja ou conheceram pelas redes sociais, mas nunca puderam nos visitar”, acrescentou.

Ícaro Igreja fatura com produtos ligados ao universo Geek (Foto: Moura Alves/ O Dia)

Já no estande Oficina Carbono (MA), os produtos oferecidos são quadros, cartazes, flâmulas, caixinhas, cartões, camisetas, entre outros. Com preços a partir de R$5, é possível adquirir um lembrancinha com estampa da sua banda ou personagem preferido, além de frases clássicas, como de Charlie Chaplin.

O vendedor Jordanny da Silva Barbosa contou que a maioria do público é de adultos, que buscam produtos diferentes e personalizados. “É bom ter algo novo e de diferente para oferecer aos clientes, como os quadros, que não são repetitivos igual os livros. Muitas pessoas estão vindo procurar e está vendendo muito, principalmente cartaz, flâmula, caixinhas, cartões”, disse.

O estudante Geyson Ruan dos Santos Sousa, de 13 anos, da Cemti Professor Raldir Cavalcante Bastos, localizada no bairro Renascença II, zona Sudeste de Teresina, contou ser um grande admirador de histórias em quadrinhos. Ele falou que o gosto pela leitura começou aos seis anos, quando sua mãe lhe presenteou com um quadrinho da Turma da Mônica, e de lá para cá, seu interesse pelos HQs só tem crescido.

“Eu comecei a gostar desse estilo ainda pequeno e hoje eu gosto muito de mangá, que são aqueles quadrinhos chineses. Para adolescentes é muito bom, porque é chamativo, tem histórias com mais ação e aventura. E é um público diferente de outras literaturas, principalmente na contextualidade da fala da pessoa, no saber, porque uma pessoa que lê esse tipo de quadrinho gosta de mais ação e aventura”, finalizou.

Por: Isabela Lopes - Jornal O DIA
Mais sobre: