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Temendo por segredos, rivais tentam atrasar estreia de trunfo da Renault

Renault confirmou recentemente a contratação do ex-diretor técnico da Federação Internacional de Automobilismo, Marcin Budkowski.

16/10/2017 17:26

A Renault confirmou recentemente a contratação do ex-diretor técnico da Federação Internacional de Automobilismo, Marcin Budkowski, mas os rivais continuam descontentes com o acordo e prometem dificultar a vida do polonês no time francês.

Isso porque seu antigo cargo lhe dava acesso a informações privilegiadas e as demais equipes temem que seus segredos sejam usados pela concorrente.

Mesmo após a FIA liberar Budkowski, as equipes estão tentando nos bastidores adiar ao máximo sua estreia na Renault, a fim de assegurar que suas informações a respeito dos rivais não estejam atualizadas.

A equipe francesa, contudo, pressiona para que o polonês comece a trabalhar efetivamente na equipe já em março.

É comum na F-1 que engenheiros fiquem por pelo menos seis meses parados quando trocam de equipe, mas o caso de Budkowski é tratado de maneira diferenciada pela quantidade de informações que ele pode levar.

Caso a pressão para que ele fique de fora da F-1 por mais tempo não funcione, a Red Bull já deixou claro que fará marcação pesada na Renault.

"Se encontrarmos algo familiar no carro da Renault ano que vem, vamos protestar imediatamente", ameaçou Christian Horner.

São várias as informações privilegiadas que o engenheiro possui. Com a limitação dos testes de pista, a maior parte do desenvolvimento dos carros hoje é feita por meio do túnel de vento e dos programas de CFD, que simulam o fluxo de ar.

E a FIA filma todos os testes de túnel de vento das equipes, uma vez que o regulamento limita o número de horas de trabalho das equipes, além de ter todas as informações sobre as configurações que cada time usa em seus programas de CFD.

Além disso, pelo menos Sauber e Williams admitiram que Budkowski já viu seus projetos para 2018 no túnel de vento.

Outro problema é em relação aos motores, como explicou o chefe da McLaren, Eric Boullier.

"Ele tem os dados da potência de todos os motores. E ele sabe quanta pressão aerodinâmica cada carro produz. No nosso caso, ele sabe quanto trabalho fazemos no CFD e no túnel de vento. E isso é um conhecimento estratégico."

Porém, como o desenvolvimento das equipes é muito dinâmico na F-1, a tendência é que toda essa informação fique obsoleta com o passar do tempo, e por isso os rivais vão tentar ao máximo atrasar a estreia do polonês na Renault.

Fonte: Folhapress
Por: Julianne Cerasoli
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