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Torcedor acusado de racismo à família de Vinicius Jr. temliberdade provisória

Apesar de vídeos e relatos, André Luis Moreira dos Santos alega que "batia no braço para mostrar sangue do time". Juiz decretou medidas cautelares. Processo correrá em segredo de justiça.

17/08/2017 13:57

O torcedor André Luis Moreira dos Santos responderá em liberdade provisória à acusação de injúria racial a familiares de Vinicius Junior, durante o jogo entre Botafogo e Flamengo, na noite desta quarta-feira no Estádio Nilton Santos, informou o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.

Apesar de vídeos mostrarem o homem apontando para a pele e relatos darem conta de que ele gritava "tudo macaco" em direção ao camarote onde estavam os familiares do atacante, o torcedor não admitiu a acusação, alegando que batia no braço para mostrar que tinha sangue do time.

Torcedor terá que se apresentar em delegacia nos jogos do Botafogo durante processo

O juiz Luiz Alfredo Carvalho Júnior, que estava de plantão no Juizado Especial do Torcedor e Grandes Eventos na noite de quarta-feira, decidiu pela liberdade provisória do acusado, mas decretou o cumprimento de medidas cautelares.

Dentre as quais, o acusado deverá se apresentar a uma delegacia em todos os jogos do Botafogo, durante o curso do processo e não poderá se ausentar do estado durante a tramitação do processo. Segundo o juiz responsável pelo caso, o processo vai tramitar em segredo de Justiça.


Torcedor injúria racial Botafogo x Flamengo Copa do Brasil Nilton Santos (Foto: Reprodução)

- Decidi pelo segredo de Justiça devido à comoção social gerada pela situação. O juizado recebeu o apoio da diretoria do clube, que repudiou o comportamento deste rapaz. O Botafogo, assim como a administração dos clubes no Rio, tem demonstrado o seu apoio às ações do Juizado nos estádios durante a realização de eventos – explicou o juiz Luiz Alfred.

O torcedor foi preso em flagrante pela polícia e apresentado em audiência de custódia, realizada no próprio posto do Juizado do Torcedor.

Devido à quantidade de ocorrências (11 no total), o plantão do Juizado do Torcedor terminou às 5h desta quinta-feira. De acordo com o TJ-RJ, os acusados levados à presença do juiz, promotor e defensor público foram liberados após o pagamento dos custos das transações penais, em sua maioria no valor de R$ 300.

Confira a nota completa do TJ-RJ:

O posto do Juizado Especial do Torcedor e Grandes Eventos registrou 11 ocorrências durante a realização do jogo Botafogo e Flamengo, pela Copa do Brasil, no estádio do Engenhão, no Engenho de Dentro, Zona Norte do Rio.

Segundo o juiz Luiz Alfredo Carvalho Júnior, de plantão no juizado, foram diversos os crimes praticados pelos acusados, entre eles, desacato policial, cambismo, poste de entorpecentes e também de injúria racial. Neste caso, um rapaz que estava na arquibancada foi acusado de ofender por gestos e verbalmente a família do atacante Vinícius Júnior, do Flamengo, que ocupava um dos camarotes do estádio.

Após ser preso em flagrante pela polícia, o rapaz foi apresentado em audiência de custódia, realizada no próprio posto do Juizado do Torcedor. Ele não admitiu a acusação, alegando que batia no braço para mostrar que tinha sangue do time.

O juiz decidiu pela liberdade provisória, mas decretou o cumprimento de medidas cautelares ao acusado, que não poderá se ausentar do estado durante a tramitação do processo e nem frequentar os jogos do Botafogo, devendo se apresentar em uma delegacia de polícia. O processo vai tramitar em segredo de Justiça.

“Decidi pelo segredo de Justiça devido à comoção social gerada pela situação. O juizado recebeu o apoio da diretoria do clube, que repudiou o comportamento deste rapaz. O Botafogo, assim como a administração dos clubes no Rio, tem demonstrado o seu apoio às ações do Juizado nos estádios durante a realização de eventos” – acentuou o juiz Luiz Alfredo.

Devido ao intenso movimento, o plantão do Juizado do Torcedor somente terminou às cinco horas desta manhã, dia 17. Todos os acusados levados à presença do juiz, promotor e defensor público que atuam no posto avançado do Tribunal de Justiça de Justiça do Rio de Janeiro foram liberados, após o pagamento de uma transação penal, na maior parte, no valor de R$ 300,00.

O juiz Luiz Alfredo determinou, ainda, que o comando do policiamento no estádio registrasse em BO um tumulto envolvendo integrantes da Torcida Fúria, do Botafogo, após o término no jogo, no entorno do Engenhão. Na ocasião, um casal foi detido por desacato e o registro da polícia foi incluído no relato do juiz sobre as ocorrências durante o jogo.

Fonte: Globo Esporte
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