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Zanetti vai à final nas argolas, e Caio Souza também avança no Mundial

Campeão olímpico das argolas arranca última vaga na decisão de Montreal; reserva na Rio 2016, Caio vai à decisão do individual geral

03/10/2017 14:43

sorriso no rosto foi contido depois da aterrissagem no Estádio Olímpico de Montreal, no Canadá. Arthur Zanetti não tinha certeza se poderia comemorar na classificatória desta terça-feira. Uma falha no finzinho da série colocou a dúvida: será que o campeão olímpico das argolas avançaria à final do aparelho? Foi no limite. Com 14,700, Zanetti arrancou a oitava e última vaga na decisão do próximo sábado. Um resultado que não o deixou nada feliz.

- No geral a série foi muito ruim mesmo. Não gostei. Estou zero satisfeito - disse Zanetti.

Ele vai ter a companhia de mais um brasileiro nas finais de Montreal. Caio Souza alcançou sua primeira decisão individual em Mundiais. Ele somou 81,584 pontos nos seis aparelhos, terminou em 14º na classificação geral e vai para a disputa dos ginastas mais completos do mundo na quinta-feira, quando um novo rei vai ser coroado, já que o japonês Kohei Uchimura, imbatível desde 2009, sentiu uma lesão na classificatória. O SporTV transmite ao vivo as finais do Mundial de Montreal a partir de quinta.

Bronze no solo da Olimpíada do Rio de Janeiro, Arthur Nory foi o único brasileiro a se despedir do Mundial ainda na classificatória desta terça. Em um ano de recuperação após duas cirurgias, ele só competiu no solo e na barra fixa e ficou perto da final nos dois, mas não foi o suficiente.

Zanetti no limite

Foi com um toque de drama a classificação de Arthur Zanetti para a final de Montreal. O campeão olímpico das argolas começou muito firme na série, marcando bem as posições de força. No entanto, o ginasta, que se destaca por sua consistência, falhou no fim da prova. Ele deixou as argolas balançarem muito em um movimento de força e deu um pequeno passo na aterrissagem.

- Foi no último elemento mesmo. Hoje, está pesando muito execução. Precisa fazer bem feito.

Zanetti sabia que precisava de no mínimo 14,700 pontos para chegar à decisão, e foi justamente o que conseguiu. No limite. Ainda precisava esperar 17 ginastas se apresentarem nas classificatórias, mas seus principais rivais já haviam passado.

Se no Mundial de Glasgow, em 2015, o campeão olímpico bateu na trave com uma nona colocação, desta vez pôde respirar aliviado ao fim do dia. Voltou a uma final. Continuou a briga por sua quarta medalha em Mundiais.

Primeira final

Depois de ter ficado na reserva na Olimpíada do Rio de Janeiro, Caio Souza cresceu neste início de caminhada rumo à Tóquio 2020 e confirmou essa evolução nesta terça-feira. Ele passou bem pelos seis aparelhos e conseguiu uma vaga na final do individul geral, na quinta-feira. Vai ser a primeira decisão dele em um Mundial.

Ele quase foi ao pódio do individual geral no Pan de Toronto, em 2015. Caio chegou ao Mundial daquele ano como principal generalista do Brasil, mas cometeu falhas na classificatória, caiu no cavalo com alças e nas barras paralelas.


Caio Souza avançou à final do individual geral no Mundial (Foto: Divulgação/CBG)

Desta vez, o ginasta foi crescendo prova a prova. Abriu com 13,566 pontos no solo. Espantou o fantasma do cavalo com alças, com 12,700 e sem queda. Praticamente cravou as argolas (14,200), o salto (14,483) e as barras paralelas (14,433). Só no último aparelho, na barra fixa, uma queda em seu primeiro voo atrapalhou, mas a nota 12,166 não ameaçou tirá-lo da final. Com 81,584 pontos, ele entrou no top 24.

Por um décimo, Nory dá adeus

Bronze no solo da Olimpíada do Rio, Nory sabia que brigar pelo topo no aparelho seria mais difícil desta vez. Ele ainda não recuperou toda a dificuldade de sua série, então precisaria de uma execução quase perfeita para ficar no top 8. Ele foi muito bem, com 14,033 pontos, mas não o suficiente.

Sua maior chance era na barra fixa, e ele também chegou muito perto. Com 13,866 pontos, foi o 12º no aparelho e deixou a classificação escapar por pouco. Nory mudou a série no meio da prova na tentativa de melhorar sua execução. Mas os décimos perdidos em dificuldade fizeram a diferença. O ginasta ficou a um décimo da vaga na decisão.

Fonte: Globo Esporte
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