Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

Petróleo opera em queda e atinge novas mínimas em 2017

Os preços do petróleo mantêm tendência de baixa há quase um mês, desde que a Opep e outros países, como a Rússia, decidiram estender um acordo que reduz em quase 2% a oferta global da commodity

20/06/2017 08:52

O petróleo tentou ensaiar uma recuperação na madrugada desta terça-feira, mas voltou a operar com sinal negativo, atingindo novas mínimas neste ano. Investidores seguem céticos sobre os esforços liderados pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para cortar a oferta e tentar apoiar os preços, em um cenário de desequilíbrio entre oferta e demanda.

Às 8h25 (de Brasília), o petróleo WTI para agosto, contrato mais líquido, recuava 1,82%, a US$ 43,61 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para agosto caía 1,83%, a US$ 46,05 o barril, na ICE.

Os preços do petróleo mantêm tendência de baixa há quase um mês, desde que a Opep e outros países, como a Rússia, decidiram estender um acordo que reduz em quase 2% a oferta global da commodity. O Brent recua 18,6% nos últimos seis meses.

Os esforços da Opep são minados por seus próprios membros e também pelo avanço na produção de outros países, como os Estados Unidos.

A Líbia, um membro da Opep que ficou de fora do acordo para cortar a oferta, tem elevado a produção e quase já atingiu sua meta de curto prazo de gerar 900 mil barris por dia, disseram analistas do Commerzbank.

Nos EUA, o número de poços e plataformas em atividade subiu 6 na última semana, para 747, segundo a Baker Hughes, companhia que presta serviços no setor.

Segundo o Morgan Stanley, os estoques de petróleo identificáveis – tanto de petróleo quanto de derivados na Opep, na China e em alguns outros países selecionados de fora da Opep – aumentaram cerca de 1 milhão de barris por dia no primeiro trimestre.

Por outro lado, há sinais que podem deixar os investidores otimistas em breve. Analistas do Standard Chartered preveem que os níveis de estoque de petróleo recuem significativamente no segundo semestre deste ano, uma projeção também da Agência Internacional de Energia (AIE). Por ora, porém, o quadro geral é de pessimismo, mesmo que apareçam algumas indicações positivas, avaliou a diretora de pesquisas em energia do Standard Chartered, Emily Ashford. “Há uma desconexão entre os dados reais que saem e o que o mercado pensa”, avaliou ela.

Às 17h30 (de Brasília), o American Petroleum Institute divulga sua estimativa para os estoques de petróleo nos EUA na última semana. Analistas ouvidos pela S&P Global Platts estimam que os estoques de petróleo do país tenham recuado 2 milhões de barris na última semana e os de gasolina tenham caído 750 mil barris.

Fonte: Isto É
Mais sobre: