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Secretário de Segurança afasta delegado de operação na casa de filho de Lula

A Polícia Civil realizou uma busca na casa do filho do ex-presidente, após receber uma denúncia anônima por telefone, que indicava uma suposta presença de drogas no local

13/10/2017 16:10

O secretário da Segurança Pública do Estado de São Paulo, Mágino Alves Barbosa Filho, determinou na quarta-feira (11) a instauração de procedimento administrativo para apurar em que condições ocorreu a diligência de busca e apreensão realizada no dia anterior na casa de Marcos Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula. O delegado responsável pela diligência foi afastado do caso.

A Polícia Civil realizou uma busca na casa do filho do ex-presidente, após receber uma denúncia anônima por telefone, que indicava uma suposta presença de drogas no local. De acordo com a defesa do ex-presidente, a polícia não encontrou substâncias ilícitas durante a vistoria na na casa que fica em Paulínia, interior do estado de São Paulo.

O caso gerou grande repercussão nas redes sociais, com internautas e figuras públicas questionando a competência da instituição para tal ação, e lembrando outros casos, como do helicóptero de cocaína, que não mereceram tanta atenção quanto a recebida por um suposto telefonema anônimo. 

De acordo com o pedido da Polícia Civil para a autorização da busca e apreensão, uma denúncia anônima apontou que o endereço estava sendo utilizado para armazenamento de grande quantidade de drogas e armas. O pedido dizia ainda que investigadores permaneceram em campana no endereço, percebendo grande movimentação de pessoas.

“Nada relacionado ao tráfico de drogas foi encontrado. A autoridade policial deliberou por apreender documentos e computadores, sob o argumento de possível relação com o crime investigado. Na data de hoje, após pedido formalizado pelo advogado constituído pelo Sr. Marcos, foi deferida a restituição de todos os objetos apreendidos, dada a ausência de relação com o objeto do processo”, disse a juíza em nota.

O advogado do ex-presidente Lula, Cristiano Zanin Martins, criticou a ação da polícia e a classificou como abusiva. “A busca e apreensão, feita a partir de denúncia anônima e sem base, não encontrou no local o porte de qualquer bem ou substância ilícita, o que é suficiente para revelar o caráter abusivo da medida”.

O Partido dos Trabalhadores (PT), também por meio de nota, criticou a ação. "A operação policial na casa de Marcos Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula, a partir de uma suposta e falsa denúncia anônima, foi uma violência que tem de ser explicada por todas as autoridades envolvidas", escreveu a senadora Gleisi Hoffmann, presidenta do partido.

Marcos Lula foi diretor de Turismo e Eventos na Prefeitura de São Bernardo do Campo (SP) entre 2009 e 2012, quando se elegeu vereador, posto que ocupou até o ano passado.

Fonte: Jornal Do Brasil
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