A Secretaria do
Estado da Saúde (Sesapi) está investigando novos casos de Síndrome Inflamatória
Multissistêmica Pediátrica associada à Covid-19, e que tem acometido crianças e
adolescentes. Até o momento, foram recebidas nove notificações, com quatro
casos confirmados. Desses, dois são no Piauí, sendo um de Teresina e outro de
Nazária, e dois de Timon, no Maranhão. Um caso do Maranhão foi descartado.
A Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica tem acometido crianças entre sete meses e 16 anos e apresenta sintomas como febre contínua e alta, conjuntivite, dor abdominal e diarreia, além de sinais dermatológicos, como manchas na pele.
A coordenadora epidemiológica da Sesapi, Amélia Costa, comenta que, diante da situação pandêmica do coronavírus, foi descoberta uma associação com a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica, que se aproxima muito de uma intoxicação. Com isso, a Sesapi está envolvida na investigação, através do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) para apurar essa patologia.
(Foto: ODIA)
“É uma síndrome que pode evoluir para óbito, pois uma das complicações são os problemas cardiovasculares. Muitos dos casos que já foram notificados e confirmados, à nível de Brasil, foram acometidos com o coronavírus. O que mais chamou atenção foram os problemas dermatológicos e, a partir daí, foi a descoberta da síndrome, que se assemelha muito ao Kawasaki, mas essa é uma síndrome que dá em crianças de até três anos e essa vai até 16 anos, mas pode ir até 19 anos”, frisa.
Amélia Costa ainda destaca que essa é uma síndrome nova, que ainda está sendo providenciada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) medicações imunoglobulina, utilizada para o tratamento da síndrome, bem como corticoide.
“O Ministério da Saúde lançou a Portaria nº 766, porque a imunoglobulina é um produto caro, e estamos avaliando se realmente podemos adquirir essa medicação. Ao presenciar os sintomas, os pais devem buscar ajuda médica, pois quanto mais rápido o diagnóstico, mais rápida será a cura. Os pais devem ficar atentos a essa nova patologia que está sendo acometida em decorrência da aceleração do coronavírus”, completou a coordenadora epidemiológica da Sesapi, Amélia Costa.
Por: Isabela Lopes