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Em 2017, Uespi dobrou recurso de EAD e reduziu vagas do presencial

Oferta de vaga para o ensino presencial reduziu 24% em relação ao ano passado. Enquanto isso, recursos para o Ensino à Distância aumentaram.

10/12/2017 08:40

A modalidade de Ensino à Distância (EAD) está avançando em proporções maiores do que o ensino regular presencial. A conclusão pode ser retirada a partir do comparativo entre 2016 e 2017 do investimento e da oferta de vagas na Universidade Estadual do Piauí.

Este ano, o orçamento destinado para o EAD praticamente dobrou em relação ao ano anterior. Enquanto isso, a quantidade de vagas destinadas ao ensino regular presencial sofreu uma redução de 24%. Aliado a isso, o recurso voltado exclusivamente para este fim, reduziu 28%.

Em números, a verba para o Ensino à Distância passou de pouco mais de R$ 1 milhão, em 2016, para acima de R$ 2 milhões em 2017. Já as despesas destinadas exclusivamente com ensino regular presencial caíram de aproximadamente R$ 700 mil para pouco mais de R$ 500 mil este ano. Coincidentemente, o número de vagas ofertadas através do Sistema de Seleção Unificado (Sisu), reduziu de 4.985 em 2016 para 3.765 em 2017.

Segundo Laura Torres, diretora adjunta do Núcleo de Ensino à Distancia da Uespi (Nead), o investimento na modalidade dobrou no ano passado devido à oferta do curso de Bacharelado em Administração pela Universidade Aberta do Piauí (UAPI), em 60 municípios. “A procura e a oferta do Ensino à Distância têm aumentado a cada dia. Ele veio para facilitar e priorizar o ensino público de qualidade”, afirma a diretora.

Alunas de curso à distância em polo presencial (Foto: Divulgação)

A pró-reitora de Planejamento e Finanças da Uespi, Joseane de Carvalho Leão, confirma que o ensino à distância está avançando mais do que o presencial no Piauí, mas ressalta que um não substitui o outro. “O investimento é maior no EAD porque é uma possibilidade de ter mais alcance para pessoas sem acesso ao ensino superior. O estado tem visto isso como oportunidade para qualificar profissionais e gerar desenvolvimento”, explica.


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Ao todo, existem 35 municípios com pólos de Ensino à Distância, que atendem estudantes de várias cidades vizinhas. Neste ano, o Nead trabalha com oito graduações e 13 pós-graduações. Os cursos ofertados são Letras Inglês, Letras Espanhol, Matemática, Português, Pedagogia, Administração Pública e História, além do Bacharelado em Administração pela Uapi.

Atualmente existem 9.682 alunos matriculados no EAD, sendo 8.182 nos cursos de graduação e 1.500 nos cursos de especialização. No regime regular, a Uespi possui 11.617 estudantes.

Como funciona o EAD

O Ensino à Distância funciona de duas formas no estado. Na Universidade Aberta do Piauí, o contato com o professor ocorre através da mediação tecnológica. A cada 15 dias, a aula é transmitida ao mesmo tempo para os 60 municípios pelo Canal Educação. “Além disso, os alunos são acompanhados por tutores presenciais e pela plataforma, com os tutores à distância”, explica Laura Torres.

Na outra modalidade de EAD, os estudantes têm encontros quinzenais no pólo de ensino. Esses tutores recebem um curso de nivelamento em Teresina, com o professor formador da disciplina, e repassa o conhecimento para os alunos.

Orçamento destinado à Uespi

Em 2016, a cota do orçamento do Governo do Estado destinada à Uespi foi de R$ 223.093.315,00. O valor aumentou para R$ 233.281.262,00 este ano. Para 2018, a previsão é de R$ 242.978.704,00, de acordo com um quadro de despesas enviado à Secretaria de Planejamento do Estado.

O objetivo da administração da Universidade é aumentar o investimento nas atividades fins. Para Ensino, o recurso previsto em 2018 é de R$ 7.541.570,00, incluindo despesas com os programas Parfor, EAD e Pronera. Para Pós-Graduação, a previsão é de R$ 6.299.000,00. E para Extensão, a Uespi pretende investir R$ 6.676.630,00.

Somente em EAD devem ser investidos R$ 1.951.570,00 em 2018, mas a diretora adjunta do Nead, Laura Torres, acredita que esse valor poderá ser maior. “Estamos trabalhando no processo de expansão da Uapi, vamos ter reoferta de cursos e ofertas de novas graduações”, garante a professora.

Segundo a pró-reitora de Planejamento e Finanças da Uespi, Joseane de Carvalho, o desafio para o ensino presencial em 2018 é avançar em investimentos físicos e em programas que garantam a permanência do estudante da Universidade. “Devemos ter mais bolsas de pesquisa e de auxílio. Estamos trabalhando no projeto de um albergue para aqueles que não têm onde morar”, destaca.

A previsão é de investir R$ 2.406.000,00 no próximo ano no ensino presencial regular. Se confirmado, esse valor representa um aumento considerável em relação a 2017, quando foram gastos R$ 507.000.

Como é estudar à distância - Reportagem da TV O DIA


Por: Nayara Felizardo
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