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Governo decreta situação de emergência no presídio de Esperantina

75 presos fugiram da unidade durante o motim. Instalações ficaram bastante danificadas e governo autorizou reforço imediato das forças de segurança no local.

07/10/2017 14:46

O governador Wellington Dias decretou, neste sábado (07) situação de emergência na Penitenciária Luiz Gonzaga Rebelo, em Esperantina, após rebelião ocorrida na unidade na tarde desta sexta-feira (06). Na ocasião, 75 presos conseguiram fugir do presídio , 20 dos quais já foram recapturados e os outros 55 seguem sendo procurados pela polícia.

A partir do decreto emergencial, será destinado reforço das forças de segurança pública para garantir a ordem e disciplina no presídio e iniciar, imediatamente, os reparos na estrutura física da unidade, que ficou bastante danificada com a rebelião dos presos. O secretário de Justiça, Daniel Oliveira, esteve na manhã de hoje fazendo uma vistoria na unidade prisional.


Foto: Divulgação/Sejus

O gestor afirmou que já estão em curso, no âmbito da Sejus e da Polícia Civil, investigações sobre o que exatamente teria causado o início da rebelião. A Secretaria também já iniciou os primeiros emergenciais no presídio. Órgãos como a Defensoria Pública, o Ministério Público, a OAB e a Prefeitura de Esperantina também foram acionados para tratar sobre as medidas a serem adotadas no sistema prisional.

De ontem para hoje, mais de cem presos já foram transferidos da Penitenciária de Esperantina para outras unidades prisionais do Estado, após a rebelião ter sido controlada pelas forças de segurança. As buscas para recapturar os fugitivos durante o motim continuam, mobilizando uma equipe de mais de 30 policiais militares e agentes penitenciários. Cerca de 50 detentos continuam foragidos.


Foto: Divulgação/Sejus

Crise

Ainda neste sábado, a Secretaria de Justiça decidiu afastar do exercício do cargo 11 agentes penitenciários  que faziam parte do plantão no dia 1º de outubro, data em que um menino de 13 anos foi encontrado dentro da cela de um detento, na Colônia Agrícola Major César Oliveira. 

A decisão foi proferida como cautelar após a sindicância aberta pela Sejus concluir que os servidores teriam sido omissos em suas obrigações legais quanto ao controle de entrada e saída de pessoas da unidade prisional. Um outro agente também foi afastado por ter divulgado a foto do menino debaixo da cama do detento.

Por: Maria Clara Estrêla
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