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Moradores ficam sem água após fazerem ligações indevidas em escolas

Os moradores utilizavam ligações irregulares em escolas municipais para abastecer as residências.

18/08/2017 17:04

Moradores dos bairros Uberaba, Edilberto, Jureminha, Rosário e Rodagem de Picos, localizados na cidade de Oeiras, tiveram o abastecimento de água cortado após fazerem ligações irregulares em escolas municipais dos respectivos bairros. Segundo a denúncia, cerca de 12 mil moradores estão sem água há pelo menos um mês. A Prefeitura de Oeiras alega que o corte foi feito para resguardar o município e evitar que os recursos advindos do Ministério da Educação (MEC) para o Programa Água na Escola sejam bloqueados devido ao uso indevido da água e destaca que o corte não afeta a quantidade de moradores citada.

O secretário municipal de Administração e Planejamento de Oeiras, Luiz Henrique Nunes, esclareceu em nota que a Prefeitura detectou que “através de ligações irregulares, a água dos poços perfurados nas escolas estava tendo destinação indevida, chegando a áreas distintas do seu perímetro de interesse. Fato que causava transtornos às escolas, como o constante arruinamento de equipamentos usados para a captação da água”, informou.

Moradores ficam sem água após fazerem ligações indevidas em escolas. (Foto: Arquivo O Dia)

Além disso, a Prefeitura argumenta que todo o processo de intervenção nos poços foi feito com a ciência do Ministério Público, Defensoria Pública e direção local da Agespisa. “Os poços em questão foram perfurados há pelo menos duas décadas para atender às demandas das escolas citadas. O tratamento oferecido à água vinda desses poços é incipiente, não oferecendo qualidade ao usuário, medida que a Prefeitura pretende corrigir com a implantação do Serviço Autônomo de Água e Esgoto”, afirma a nota.

Ainda de acordo com a Prefeitura, foi constatado que até mesmo outras residências atendidas pela rede de distribuição da Agespisa faziam uso da água advinda dos poços perfurados nas escolas. Em casas onde não havia no momento a possibilidade de abastecimento pela Agespisa, a Prefeitura destacou que foi restabelecida a ligação com os poços e dado aos moradores um prazo para regularização junto à empresa de abastecimento de água. “Informamos, por fim, que toda a celeuma causada com o processo de adequação dos poços das escolas está sanada”, finaliza a nota.

A reportagem do Portal O Dia entrou em contato com a Agespisa, mas não obteve resposta até a publicação dessa matéria.

Por: Nathalia Amaral
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