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Bolsonaro propõe 'pacto nacional' entre a sociedade e os três Poderes

Em discurso no Congresso, presidente da República prometeu medidas para abrir o mercado brasileiro ao comércio internacional.

01/01/2019 15:32

Em um discurso de pouco menos de dez minutos, após tomar posse como presidente da República, Jair Messias Bolsonaro defendeu um "pacto nacional" em seu governo.

Ele iniciou o discurso agradecendo a Deus e aos profissionais de saúde que o atenderam na Santa Casa de Juiz de Fora (MG), após ser esfaqueado durante um evento de campanha, no dia 6 de setembro de 2017.

Ele lembrou da sua passagem pela Câmara Federal, para onde foi eleito por sete mandatos seguidos.

"Com humildade, volto a esta Casa, onde, por 28 anos, me empenhei em servir a nação brasileira. Travei grandes embates e acumulei experiências e aprendizados, que me deram a oportunidade de crescer e amadurecer. Volto a esta Casa não mais como deputado, mas como presidente da República Federativa do Brasil, mandato a mim confiado pela vontade do povo brasileiro. Hoje aqui estou fortalecido, emocionado e profundamente agradecido a Deus pela minha vida e aos brasileiros que confiaram a mim a honrosa missão de governar o Brasil neste período de grandes desafios e, ao mesmo tempo, de enorme esperança. Governar com vocês", declarou o presidente. 

Acompanhe a íntegra da transmissão da solenidade de posse do presidente Jair Bolsonaro pela TV Brasil:


Bolsonaro disse que os deputados e senadores serão fundamentais para que sua gestão tenha sucesso, e, em referência às gestões dos ex-presidentes Luiz Inácio e Dilma Rousseff, ambos do PT, afirmou que é preciso restaurar o país.

"Aproveito este momento solene e convoco cada um dos congressistas para me ajudarem na missão de restaurar e de reerguer nossa pátria, libertando-a definitivamente do jugo da corrupção, da criminalidade, da irresponsabilidade econômica e da submissão ideológica. Temos, diante de nós, uma oportunidade única de reconstruir o nosso país e de resgatar a esperança dos nossos compatriotas. Estou certo de que enfrentaremos enormes desafios, mas se tivermos a sabedoria de ouvir a voz do povo alcançaremos êxito em nossos objetivos. E pelo exemplo e pelo trabalho levaremos as futuras gerações a nos seguir nessa tarefa gloriosa", afirmou Bolsonaro.

O presidente ressaltou o respeito às religiões, mas citou apenas a "tradição judaico-cristã", e prometeu combater o que chamou de "ideologia de gênero". 

"Vamos unir o povo, valorizar a família, respeitar as religiões e nossa tradição judaico-cristã. Combater a ideologia de gênero, conservando nossos valores. O Brasil voltará a ser um país livre das amarras ideológicas. Pretendo partilhar o poder de forma progressiva, responsável e consciente, de Brasília para o Brasil, do poder central para estados e municípios. Minha campanha eleitoral atendeu aos chamados das ruas e forjou o compromisso de colocar o Brasil de tudo e Deus acima de todos. Por isso, quando os inimigos da pátria, da ordem e da liberdade tentaram por fim à minha vida, milhões de brasileiros foram às ruas. Uma campanha eleitoral transformou-se em um movimento cívico, cobriu-se de verde e amarelo, tornou-se espontâneo, forte e indestrutível, e nos trouxe até aqui", acrescentou.

O novo presidente também prometeu medidas para abrir o mercado brasileiro ao comércio internacional, bem como realizar "reformas estruturantes".

Disse, ainda, que valorizará os policiais, que "sacrificam suas vidas" para garantir a segurança, e defendeu que as escolas preparem "os filhos para o mercado de trabalho, não para a militância política".

Por: Cícero Portela
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