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Cerca 70% de funcionários paralisaram suas atividades, afirma Sindicato

Trabalhadores da saúde, educação, servidores administrativos e da Strans aderiram à paralisação de 48 horas.

25/05/2017 08:39

No primeiro dia da greve geral deflagrada pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina (Sindserm), 70% dos servidores pararam suas atividades para aderirem ao movimento que terá duração de 48 horas. A ação envolve os setores da saúde, educação, servidores de serviços administrativos e Strans. Na saúde, o Sindserm informa que os servidores do Hospital Lineu Araújo, radiologistas do HUT, técnicos do Laboratório Raul Bacelar e funcionários do Samu, que se dividiram em escalas, mas também estão parados. 

A ação envolve os setores da saúde, educação, servidores de serviços administrativos e Strans (Foto: Assis Fernandes/ O Dia)

No entanto, ao percorrer a cidade, é possível ver que nem todos os setores participam da paralisação de 48 horas. Segundo Frank Robson, agente de portaria do hospital Lineu Araújo, no Centro de Teresina, alguns dos servidores não participaram da ação por não terem conhecimento. Ele conta que já participou de paralisações passadas, contudo, nesta marcada para os dias 24 e 25 de maio, não houve comunicação entre o Sindicato e os servidores do local. “Não fomos avisados, só soubemos quando os cartazes apareceram. Não sei nem a causa a paralisação. Aqui está funcionando normal”, pontua. 
Por outro lado, a professora Eristênia de Andrade conta que trabalha na Escola Municipal Oscar Cavalcante, e na instituição ela foi a única servidora que aderiu à greve. Segundo ela, o medo de assédio moral e desconto no salário é o que impede os outros servidores do local de pararem suas atividades. 
“Por conta do assédio moral que é muito grande, muitas pessoas deixam de lutar pelos seus direitos por conta das consequências que poderão acontecer - a perseguição, é o desconto no salário, o que é grave, porque a situação não está boa para nenhum servidor”, é o que afirma a professora. 
Ontem (24), no primeiro dia, cerca de 100 servidores públicos municipais da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Secretaria Municipal do Trabalho, Cidadania e da Assistência Social (Semtcas), Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (Semel), Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (Strans) e servidores da educação e saúde, educação estavam reunidos em assembleia no Teatro da Arena, localizado na Praça da Bandeira, centro de Teresina. No local, eles debatiam as precarizações sofridas em seus respectivos locais de trabalho. 
Reinvindicações 
De acordo com Sinésio Soares, presidente do Sindserm, um dos objetivos da paralisação é que a Prefeitura Municipal de Teresina reabra o calendário de negociações junto ao sindicato, em que houve duas reuniões. “Após as 48 horas, vamos voltar na Prefeitura exigindo a volta da negociação. Já está na data-base, agora no mês de maio e não tem nenhuma proposta de reajuste salarial na Câmara de Vereadores. Esperamos que a Prefeitura ceda e pague a decisão judicial que já existe referente aos aumentos de níveis e atende a mais de 3.000 servidores”, ressalta.
Edição: Adriana Magalhães
Por: Letícia Santos
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