No primeiro dia da greve
geral deflagrada pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina
(Sindserm), 70% dos servidores pararam suas atividades
para aderirem ao movimento
que terá duração de 48 horas.
A ação envolve os setores da
saúde, educação, servidores
de serviços administrativos e
Strans. Na saúde, o Sindserm
informa que os servidores do
Hospital Lineu Araújo, radiologistas do HUT, técnicos do
Laboratório Raul Bacelar e
funcionários do Samu, que
se dividiram em escalas, mas
também estão parados.
A ação envolve os setores da saúde, educação, servidores de serviços administrativos e Strans (Foto: Assis Fernandes/ O Dia)
No entanto, ao percorrer
a cidade, é possível ver que
nem todos os setores participam da paralisação de 48
horas. Segundo Frank Robson, agente de portaria do
hospital Lineu Araújo, no
Centro de Teresina, alguns
dos servidores não participaram da ação por não terem
conhecimento. Ele conta
que já participou de paralisações passadas, contudo,
nesta marcada para os dias
24 e 25 de maio, não houve
comunicação entre o Sindicato e os servidores do local. “Não fomos avisados, só
soubemos quando os cartazes apareceram. Não sei nem
a causa a paralisação. Aqui
está funcionando normal”,
pontua.
Por outro lado, a professora
Eristênia de Andrade conta
que trabalha na Escola Municipal Oscar Cavalcante, e na
instituição ela foi a única servidora que aderiu à greve. Segundo ela, o medo de assédio
moral e desconto no salário é
o que impede os outros servidores do local de pararem
suas atividades.
“Por conta do assédio moral que é muito grande, muitas pessoas deixam de lutar
pelos seus direitos por conta
das consequências que poderão acontecer - a perseguição, é o desconto no salário, o que é grave, porque
a situação não está boa para
nenhum servidor”, é o que
afirma a professora.
Ontem (24), no primeiro
dia, cerca de 100 servidores
públicos municipais da Fundação Municipal de Saúde
(FMS), Secretaria Municipal
do Trabalho, Cidadania e da
Assistência Social (Semtcas), Secretaria Municipal
de Esporte e Lazer (Semel),
Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito
(Strans) e servidores da educação e saúde, educação estavam reunidos em assembleia
no Teatro da Arena, localizado na Praça da Bandeira,
centro de Teresina. No local,
eles debatiam as precarizações sofridas em seus respectivos locais de trabalho.
Reinvindicações
De acordo com Sinésio
Soares, presidente do Sindserm, um dos objetivos da
paralisação é que a Prefeitura
Municipal de Teresina reabra
o calendário de negociações
junto ao sindicato, em que
houve duas reuniões. “Após
as 48 horas, vamos voltar na
Prefeitura exigindo a volta
da negociação. Já está na data-base, agora no mês de maio
e não tem nenhuma proposta
de reajuste salarial na Câmara de Vereadores. Esperamos
que a Prefeitura ceda e pague
a decisão judicial que já existe
referente aos aumentos de níveis e atende a mais de 3.000
servidores”, ressalta.
Edição: Adriana MagalhãesPor: LetÃcia Santos