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Deputados do Tocantins são alvos de operação da PF na Câmara

Operação mira esquema de corrupção de servidores públicos e agentes políticos, fraudes a licitações e a contratos celebrados para terraplanagem e pavimentação asfáltica em várias rodovias estaduais.

13/12/2017 09:51

A Polícia Federal cumpre nesta quarta-feira (13) mandados de busca e apreensão em gabinetes dos deputados federais Dulce Miranda (PMDB-TO) -mulher do governador do Tocantins, Marcelo Miranda - e Carlos Henrique Amorim (Pode-TO), conhecido como Gaguim.

A deputada federal Dulce Miranda (Foto: Divulgação)

A ação faz parte da sexta fase da Operação Ápia, que mira suposto esquema de corrupção de servidores públicos e agentes políticos, fraudes a licitações públicas e a contratos celebrados para terraplanagem e pavimentação asfáltica em várias rodovias estaduais. Os valores dessas obras, segundo os investigadores, superam os R$ 850 milhões.

Ao todo, estão sendo cumpridos 16 mandados de bus e apreensão e mais oito de intimação. A nova fase é uma decorrência de delação premiada firmada pela PGR (Procuradoria-Geral da República) e homologada pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

O colaborador é o empresário Rossine Ayres Guimarães, dono da construtora CRT (Rio Tocantins), que teria pago propinas a políticos envolvidos nos crimes sob investigação.

Os contratos supostamente fraudados foram custeados por recursos públicos captados pelo Estado por meio de empréstimos internacionais e no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), tendo o Banco do Brasil como agente intermediário de financiamentos de R$ 1,2 bilhão.

"Os recursos adquiridos tiveram a União Federal como garantidora (fiadora) da dívida contraída com Banco do Brasil e foram batizados pelo governo estadual como programas Proinveste e Proestado", informou a PF.

O deputado federal Carlos Henrique Amorim, o Gaguim (Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados)

A investigação indica que houve direcionamento das contratações públicas mediante pagamento de propina de empresários donos de construtoras que não executavam os serviços.

"O núcleo político da associação criminosa era responsável por garantir as contratações e o recebimento de verbas públicas indevidas por parte dos empresários corruptores", acrescentou a PF.

Os crimes em apuração são os de corrupção passiva e lavagem de dinheiro decorrentes de vários pagamentos da CRT aos envolvidos.

A reportagem ainda não localizou representantes dos deputados.

Fonte: Folhapress
Por: Fábio Fabrini
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