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Em evento, Temer diz que trabalhador e empresário estão se unindo no país

"De um lado o trabalhador e de outro lado o empresário têm que fazer o que estão fazendo recentemente, se unindo, se unificando", afirmou o presidente.

04/10/2017 14:13

A cerca de mês da entrada em vigor da polêmica reforma trabalhista, o presidente Michel Temer afirmou nesta quarta-feira (4) que o trabalhador e o empresário estão se unindo no país.

Presidente Michel Temer ignora insatisfação dos trabalhadores brasileiros (Foto: Beto Barata / Presidência da República)

"De um lado o trabalhador e de outro lado o empresário têm que fazer o que estão fazendo recentemente, se unindo, se unificando", afirmou o presidente em discurso no Palácio do Planalto.

O governo prometeu o envio de uma medida provisória com mudanças na reforma trabalhista, em troca do apoio de senadores ao texto idêntico ao da Câmara. As centrais sindicais, também interessadas nas alterações, têm tido reuniões com o governo, mas o texto ainda não foi enviado ao Congresso. A reforma entra em vigor em novembro.

O evento anunciava a criação de medidas para pequenas e médias empresas, como a reformulação do portal destinado aos empreendedores, a Semana Nacional do Crédito e uma parceria de universidades para capacitação de empresas.

Com impopularidade recorde segundo a mais recente pesquisa Datafolha, Temer busca agenda positiva com um dos grupos que dão maior sustentação ao seu governo, o empresariado.

"Aos micro e pequenos empresários o agradecimento do governo brasileiro que sabe que sem a participação da iniciativa privada não consegue governar", disse Temer.

Do outro lado, a reforma que flexibiliza as leis trabalhistas é um dos pontos mais polêmicos da gestão Temer.

Para sindicatos e associações de procuradores e advogados do trabalho, as mudanças levam à precarização do mercado de trabalho, ao aumentar a insegurança de profissionais e retirar direitos da CLT.

A nova lei sofreu intensa campanha contrária por parte de centrais sindicais e movimentos de esquerda e entra em vigor em novembro de 2017.

Já as entidades patronais argumentam que se trata de uma modernização da legislação, que promove maior flexibilidade na contratação e na demissão e dá mais poder para a negociação entre sindicato e empresa.

Fonte: Folhapress
Por: Angela Boldrini e Laís Alegretti
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