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Ex-marqueteiros começam a cumprir pena domiciliar na Lava Jato

Ex-marqueteiro do PT e a mulher dele vão cumprir pena com tornozeleira eletrônica por um ano e meio, como prevê acordo de delação com o Ministério Público.

06/10/2017 15:46

O ex-marqueteiro do PT João Santana e a mulher dele, Monica Moura, vão começar a cumprir pena domiciliar na Operação Lava Jato nesta sexta-feira (6).

Eles não apresentaram recurso à sentença do juiz Sérgio Moro, como prevê o acordo de delação com o Ministério Público. Com isso, passa a contar o prazo para a pena com tornozeleira eletrônica, de um ano e meio.

O equipamento vai ser colocado durante esta tarde, na sede da Justiça Federal do Paraná, em Curitiba.

Depois do prazo vencido, o acordo prevê que eles fiquem mais um ano e meio em regime semiaberto, e depois mais um ano em regime aberto, com recolhimento domiliar nos fins de semana e feriados.

Condenações

João Santana e Monica já foram condenados duas vezes pela Operação Lava Jato pelo crime de lavagem de dinheiro e cumprem a pena em liberdade provisória desde agosto deste ano. Em abril, eles tiveram o acordo de delação premiada homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O casal é acusado de receber milhões de dólares em conta secreta no exterior e milhões de reais em espécie no Brasil do esquema criminoso da Petrobras. Os valores, segundo o MPF, foram pagos a eles por empreiteiras com contrato com a estatal para remunerar serviços em campanhas eleitorais no Brasil. Eles foram alvo da 23ª fase da operação.

Processos

Em um dos processos, a condenação do casal foi de 7 anos e 6 meses de reclusão pelo crime de lavagem de dinheiro em uma ação que investiga valores negociados (cerca de R$ 128 milhões) entre Palocci e a Odebrecht.

De acordo com a força-tarefa da Lava Jato, US$ 10,2 milhões foram repassados para Santana e Mônica Moura, em troca de serviços eleitorais prestados ao PT. Nesta ação, eles foram absolvidos do crime de corrupção.

Na outra ação penal, que foi em fevereiro deste ano, Monica Moura e Jão Santana foram condenados a 8 anos e 4 meses também por lavagem de dinheiro. De acordo com a denúncia, parte da propina paga a partir do esquema de corrupção existente na Petrobras foi destinada ao Partido dos Trabalhadores (PT) para pagar serviços eleitorais.

Fonte: G1
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