O deputado federal Fábio Abreu (PTB) retornou de Brasília nesta quinta-feira (26), após participar da votação do processo contra o presidente Michel Temer (PMDB). O petebista foi um dos 233 parlamentares brasileiros que votou a favor do prosseguimento da denúncia contra o presidente, mas não conseguiram que o processo fosse adiante, após o voto de 251 parlamentares favoráveis a Temer.

Abreu foi um dos três parlamentares piauienses que votou a favor da denúncia, junto com os deputados Silas Freire (PODEMOS) e Assis Carvalho (PT). Ao ODIA ele destacou que, mesmo com o resultado da votação, não se arrependeu de ter deixado as atividades na Secretaria de Segurança para participar. “Não me arrependi em nenhum momento, porque votei de acordo com minha convicção”, frisou.  

^{Foto: Assis Fernandes/ ODIA}

O parlamentar lamentou o resultado, mas destacou que já era de se esperar. “A experiência que temos demonstra que o resultado era previsível. Ele fez uma série de manobras, voltando ministros para o Congresso para que tivesse um resultado que garantisse a vitória dele”, ponderou.

Questionado sobre um possível desconforto com o Governo, por ter saído para participar da votação, o petebista ressalta que, desde o primeiro momento que soube da chegada da denúncia na Câmara, vinha mantendo conversas com o governador e manifestando seu interesse em participar da votação. Com o retorno de Abreu, ele reassume as funções da Secretaria de Segurança, de onde esteve afastado desde o dia 18.

Nesta quinta-feira, ele participaria de um evento com todos os secretários de segurança pública do país, mas o evento foi cancelado. Agora, ele destaca que a prioridade será a retomada do trabalho de reestruturação das unidades da Secretaria e adianta que, nas próximas semanas, será entregue a reestruturação da Delegacia de Homicídios. “A ideia é mudar para um Departamento de Homicídios, com uma estrutura mais moderna, a exemplo do que fizemos em Parnaíba. Teremos, por exemplo, uma sala de reconhecimento de acusados mais moderna que não possibilitará a visualização do acusado a vítima”, pontua. 

Por: Mayara Martins