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Governador anuncia mais um empréstimo para aliviar crise no Piauí

Wellington Dias está em negociação com a Caixa Econômica Federal para liberar R$ 600 milhões. Ontem, o governo anunciou empréstimo de R$ 1,26 bilhão com o Bradesco

31/05/2017 12:00

As operações de crédito se tornaram frequentes no governo de Wellington Dias (PT). Além de solicitar R$ 1,26 bilhão ao Bradesco, o governador anunciou nesta quarta-feira (31) uma negociação com a Caixa Econômica Federal para liberar outros R$ 600 milhões, mas falta ainda uma avaliação de crédito do governo referente ao primeiro quadrimestre do ano.

Segundo Wellington Dias, a diretoria da Caixa se comprometeu em agilizar o processo e concluir a avaliação até a próxima segunda-feira (05). “A previsão que consiga cumprir calendário, celebrando o empréstimo no mês de junho”, disse o governador.

O petista ainda comentou sobre a procura por empréstimos com bancos privados, que têm juros mais altos, principalmente quando são feitos sem aval da União e da Assembleia Legislativa do Piauí. Ontem (30), o governo anunciou uma operação de crédito no valor de R$ 950 milhões para pagamento de precatórios e mais R$ 315 milhões para investimento em obras, ambos com o Bradesco.

Wellington defendeu que tais operações de crédito são uma alternativa para aumentar a reserva do Estado para investimentos. “Já tratamos com Bradesco, Santander, HSBC, que nos procuraram. Ideia é aumentar a capacidade de investimento, somando recursos que já temos com recursos de financiamento, e somando a investimentos privados”, disse Wellington Dias.

Governador falou das negociações com a Caixa Econômica durante lançamento do Festival de Inverno de Pedro II.
O governador afirmou que a economia do Piauí não sentiu os efeitos da crise como os outros estados, mas que o comércio, apontado por ele como “carro chefe” da economia, começa a ter queda nos últimos 15 dias. “Tem gente que vendia 140 veículos por mês está vendendo apenas 18, para dar um exemplo. Isso significa sinal de alerta”, disse.

O Piauí, segundo Wellington, ainda tem alguma capacidade de investimentos, mas essa realidade pode ser outra no ano que vem. “Cenário até aqui nos dá condição [de pagar a folha], embora o primeiro prejuízo em 2017 seja nos investimentos. Quanto mais a economia piorar, mais vou ter que tirar daquilo que era investimento para colocar à disposição da essência, que é a folha de pagamento e o custeio dos serviços”, disse.

O superintendente do Tesouro do Estado, Emilio Joaquim Oliveira confirmou o discurso do governador sobre a necessidade dos empréstimos e não descartou atraso na folha de pagamento. "Sem as operações de crédito o Estado se desequilibra. Não há tem recurso para manter a infraestrutura. Existe uma dificuldade financeira muito grande. Todos os esforços tem sido feitos e o foco principal é a folha, mas não podemos descartar [atraso no pagamento]", afirma.

Por: Nayara Felizardo e Andrê Nascimento
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