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Governador diz que já tomou as medidas para conter gastos

Wellington Dias ressaltou, em entrevista ao O DIA, que o problema financeiro do Estado é o déficit da previdência.

26/10/2017 08:25

O governador Wellington Dias (PT) rebateu as críticas feitas pelos deputados da oposição e disse que já tomou todas as medidas cabíveis para reduzir despesas e que precisa de outras fontes de arrecadação. A oposição tem defendido a inconstitucionalidade do projeto de lei enviado pelo governo do Estado à Assembleia Legislativa que prevê o aumento de alíquotas. Os deputados alegam que já aprovaram recentemente um reajuste nos valores dos impostos e que o governo precisa reduzir gastos para conseguir manter o equilíbrio. 

Segundo Dias, problema financeiro do Estado é o déficit da previdência. Despesas foram reduzidas (Foto: O Dia)

Wellington Dias ressaltou, em entrevista ao O DIA, que o problema financeiro do Estado é o déficit da previdência. “Medidas para conter despesas nós tomamos. O problema, e é preciso compreender isso, é que eu tive, por conta da reforma da previdência, uma corrida à aposentadoria, e isso aumentou bruscamente uma despesa que é da previdência”, explicou o governador. 

Segundo Wellington Dias, o governo conseguiu reduzir de 52% para 41% as despesas com pessoal, as despesas de custeio de 20% para 11%, além da queda da dívida do Estado para 45%, que, de acordo com o governador, chegou a comprometer 61% da receita corrente líquida em anos anteriores. 

O governador pontuou também as quedas das receitas partilhadas com a União. “O outro problema, que eu também não tenho controle, é a queda de receitas da União em razão da queda da economia nacional. O Piauí teve uma redução de cerca de R$166 milhões nos últimos meses”, destacou. A previsão de Wellington Dias é que a medida de aumento de impostos dure cerca de dois anos. 

Na última terça-feira (24), na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa, os deputados adiaram pela terceira vez a votação do projeto após um bate-boca entre os parlamentares da base e da oposição. “O governo continua gastando errado, continua com uma máquina pesada e ineficiente e quer, sem fazer a sua parte, sem cortar despesas, repassar essa conta mais uma vez a sociedade”, disse Marden Menezes (PSDB). 

Em sessão extraordinária, CCJ vota hoje projeto do governo 

O deputado Themístocles Filho, presidente da Assembleia Legislativa, informou ontem (25) que o projeto do governo voltará a ser discutido e será votado hoje (26) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), em reunião extraordinária. Ele recomentou aos deputados que analisem a constitucionalidade do projeto para que o texto possa avanças na Casa. 

“Já foi feita esta convocação. Eu defendo que a comissão apenas diga se é constitucional ou não. O mérito fica para ser discutido em outras comissões. Todas as matérias têm que passar por diversas comissões para depois irem a plenário”, pontuou o deputado. 

Ele repudiou a atitude dos deputados que se exaltaram na última sessão e, por conta do bate-boca, a votação teve que ser adiada. “É ruim para o parlamentar e para a opinião pública, briga de deputado. Sou contra. Agora, o deputado pode falar duro, se posicionar de forma firme. Isso é perfeitamente normal”, ponderou. 

Se aprovado na CCJ, o projeto que prevê o aumento dos impostos será discutido na Comissão de Finanças e, posteriormente, analisado pelos deputados no plenário da Assembleia. “Se tudo acontecer como o previsto, chega ao plenário na próxima semana”, afirmou Themistocles Filho.

Por: Ithyara Borges
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