O vice-presidente do
PMDB no Piauí, João Henrique Sousa, negou as informações de que a executiva
nacional estaria descontente
com a ausência do deputado
Marcelo Castro na votação
da denúncia contra Michel
Temer na Câmara Federal e,
por isso, estaria pensando em
destituí-lo da presidência do
diretório estadual.
Para João Henrique, Marcelo Castro não desrespeitou o partido ao se ausentar de votação (Foto: Assis Fernandes/ O Dia)
Segundo João Henrique
Sousa, o partido, a nível nacional, tem o poder de interferir nas composições estaduais, mas não há conversas
sobre alteração no diretório
do Estado. “Nunca ouvi de
nenhuma autoridade do partido essa manifestação. Nem
do presidente do partido, o
senador Romero Jucá, nem
do presidente da república, o
Michel Temer. Tecnicamente
o nacional [diretório] pode
interferir a qualquer hora em
qualquer diretório, desde que
ele ache oportuno. Mas não
há conversas nesse sentido”,
explicou.
Para João Henrique, o deputado Marcelo Castro não
desrespeitou o partido na
votação quando decidiu se
ausentar. O PMDB fechou
questão em votar contra a denúncia e a favor do presidente
Temer. “Não vejo motivo para
alteração no Piauí. Votar ou
não votar é uma decisão pessoal. Ele não desobedeceu,
ele não votou contra. Ele deixou de votar. Por isso, o partido não pode tomar nenhuma
providência”, pontuou.
As informações de que
Marcelo Castro poderia deixar a presidência começou
a ser ventilada após Michel
Temer iniciar a estratégia de
mudanças de cargos de 1º e
2º escalão como ‘punição’ a
quem votou contra ele na Câmara. O Jornal O DIA tentou
contato com o presidente do
partido no telefone pessoal
e por meio do diretório estadual, mas a reportagem não
obteve resposta.
Por: Ithyara Borges