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Movimentos de direita fazem ato em apoio a Moro no domingo

Manifestantes também vão reiterar o apoio à reforma da Previdência, ao pacote anticrime e a outras propostas enviadas ao Congresso pelo governo Bolsonaro.

28/06/2019 14:59

Movimentos de direita farão no próximo domingo (30) uma nova manifestação na Ponte Estaiada Mestre João Isidoro França, desta vez para declarar apoio irrestrito ao ministro da Justiça Sergio Moro e aos procuradores da República que atuam na força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba (PR).

Organizado pelos movimentos "Avança Piauí", "Liberta Piauí", "Direita Piauí", "Brasil Melhor", "Vem pra Rua", dentre outros, o ato é uma resposta à série de reportagens que passaram a ser divulgadas pelo site The Intercept Brasil desde 9 de junho, e que expõem supostas conversas entre o então juiz federal Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol, bem como entre Deltan e outros membros do Ministério Público Federal no Paraná.

Os manifestantes também vão reforçar o apoio à reforma da Previdência, ao pacote anticrime e a outras propostas enviadas pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL) ao Congresso Nacional. O ato acontece a partir das 16 horas, na Avenida Raul Lopes, em baixo da Ponte Estaiada.

Manoel Lopes, líder do movimento "Avança Piauí" (Foto: Assis Fernandes / O DIA)

Sobre as supostas conversas de Moro e dos procuradores da Operação Lava Jato, vazadas pelo The Intercept, Manoel Lopes, o Nel, líder do movimento "Avança Piauí", considera que não há nada nos diálogos que retire a confiabilidade da atuação de Moro como juiz no julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e nos demais processos da Lava Jato.

"Primeiro, foi um crime o que aconteceu [vazamento das conversas]. E mesmo que sejam reais essas conversas, não tem nada ali que comprometa Sergio Moro, enquanto juiz. Eles estavam lutando contra uma organização criminosa, que acabou com o Brasil, roubou trilhões de reais do país. Então, eles estavam lutando contra gente grande, contra gente poderosa. Eles tinham que articular. É normal isso", opina Manoel Lopes. 

As supostas conversas mostram que Moro teria atuado com parcialidade no julgamento de Lula no caso do apartamento triplex no Guarujá (SP), e também na condução da Operação Lava Jato de um modo geral, em Curitiba. Nos diálogos revelados, o então juiz chega a orientar ações do MPF e até a cobrar a realização de novas fases da operação. A autenticidade dos diálogos, porém, não é totalmente reconhecida pelos envolvidos.

Por: Cícero Portela
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