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Nove deputados do Piauí votaram pela cassação de Eduardo Cunha

Na votação que cassou o mandado de Cunha quase todos os piauienses votaram a favor, com exceção de Iracema Portela, que faltou à sessão.

13/09/2016 08:51

Atualizada às 9:47

A assessoria de Iracema Portela informou que a deputada não compareceu à sessão que cassou Eduardo Cunha por motivo de saúde. A parlamentar teria cancelado compromissos no último final de semana, por conta dos sintomas, e chegou a ir para capital federal, onde o quadro piorou. Iracema está internada no Hospital Santa Lúcia, em Brasília, acometida por uma infecção urinária. 


Nove dos dez deputados piauienses votaram a favor da cassação do deputado Eduardo Cunha, na noite de ontem (12), na Câmara dos Deputados, em Brasília. A única exceção foi a deputada federal Iracema Portela (PP), que não compareceu à sessão. O ex-presidente da casa perdeu seu mandato em votação esmagadora de 450 votos favoráveis contra apenas 10 votos contrários, e 9 abstenções.

Assis Carvalho (PT), Átila Lira (PSB), Heráclito Fortes (PSB), Paes Landim (PTB), Rodrigo Martins (PSB), Marcelo Castro (PMDB), Júlio César (PSD), Mainha (PP) e Silas Freire (PR)  participaram da sessão, e todos votaram a favor da cassação de Eduardo Cunha. A deputada Iracema Portela havia confirmado que compareceria à sessão, mas não apareceu e não teve seu voto computado.

O deputado foi acusado de mentir durante a CPI da Petrobrás, ao negar ser titular de contas bancárias no exterior, e julgado pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Cunha negou as acusações, e disse ser vítima de vingança por ter iniciado o processo de impeachment de Dilma Rousseff. Com a decisão, Eduardo Cunha, atualmente com 57 anos, fica inelegível por oito anos a partir do fim do mandato. Com isso, está proibido de disputar eleições até 2026. Assim, ele terá 67 anos quando puder se candidatar de novo.

Eduardo Cunha perderá também o chamado "foro privilegiado", isto é, o direito de ser processado e julgado somente no Supremo Tribunal Federal (STF). Com isso, os inquéritos e ações a que responde na Operação Lava Jato deverão ser enviados para a primeira instância da Justiça Federal.

Edição: Nayara Felizardo
Por: Andrê Nascimento
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