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Operação Quinto do Ouro nasceu de delação de ex-diretor da Odebrecht

Leandro Azevedo disse ao MPF que o então presidente do TCE-RJ Jonas Lopes pediu propina para aprovar editais e relatórios de obras no Rio, em 2013 e 2014. Cinco conselheiros do tribunal foram presos.

29/03/2017 14:11

A Operação Quinto do Ouro, que prendeu cinco integrantes do Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ), nasceu da delação premiada do ex-diretor da Odebrecht Leandro Azevedo. Ele contou ao Ministério Público Federal que Jonas Lopes, então presidente do TCE-RJ, pediu propina para aprovar o edital de concessão do estádio do Maracanã e o relatório de contas da linha 4 do metrô do Rio.

O esquema ocorreu durante o governo de Sérgio Cabral (PMDB) no Rio. Leandro Azevedo revelou que, em 2013, Cabral disse que o edital sobre o Maracanã tinha sido enviado ao TCE-RJ, e que a empreiteira deveria falar com Jonas Lopes. O ex-diretor da Odebrecht acertou, então, o pagamento ao ex-presidente do TCE-RJ de R$ 4 milhões, em quatro parcelas de R$ 1 milhão. Em troca, o edital seria aprovado.

O pedido de propina pelo relatório sobre o metrô teria ocorrido em 2014. Segundo o ex-diretor da Odebrecht, Lopes pediu propina a três empreiteiras do consórcio: Queiroz Galvão, Odebrecht e Carioca Engenharia. O valor pedido foi de 1% do contrato (equivalente a R$ 60 milhões). Azevedo afirmou que as empresas não pagaram.

Ex-presidente do TCE-RJ, Jonas Lopes, acertou delação premiada e denunciou outros conselheiros do tribunal (Foto: Reprodução TV Globo)

Na época das denúncias, em dezembro de 2016, Lopes repudiou as afirmações do ex-diretor da Odebrecht. No mesmo mês, ele foi levado à depor na PF na Operação Descontrole, que investiga crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Fonte: G1
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