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Padilha rebate Tasso e diz que não há 'folga' em nova meta de deficit

Para tucano, aumento da meta serviria para incluir emendas e projetos, em uma espécie de agrado à base aliada.

16/08/2017 13:31

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, rebateu nesta quarta-feira (16) declaração do presidente interino do PSDB, Tasso Jereissati, de que o presidente Michel Temer quis uma "folguinha" ao ter elevado a previsão do deficit público para 2017 e 2018.

O presidente interino do PSDB, Tasso Jereissati, acredita que aumento do rombo fiscal pelo Governo pode ser uma estratégia para conseguir folga de recursos que seriam destinados para comprar apoio no Congresso Nacional (Foto: Divulgação)

Segundo o peemedebista, os rombos financeiros anunciados na terça-feira (15) não criam nenhuma folga, já que a equipe econômica está trabalhando "no limite". A crítica é de que o aumento da meta serviria para incluir emendas e projetos, em uma espécie de agrado à base aliada.

"Não há folga e estamos trabalhando no limite. Foram vários dias em que se buscou ver que cortes podíamos fazer nas despesas e quais as receitas extraordinárias com as quais podíamos contar", disse. "Não tem folga, não. Nós estamos ajustados", acrescentou.

O aumento das previsões para R$ 159 bilhões foi criticado pelo PSDB, principal partido aliado do presidente. A legenda enviou mensagem ao peemedebista de que uma alteração poderia afetar a credibilidade do governo e que seria melhor tentar aumentar a receita antes de modificar a meta.

"Nós tínhamos de olhar o que era a nossa meta, que era de R$ 139 bilhões, e a impossibilidade dela. O mais correto e transparente possível era elevar no que era absolutamente indispensável, que era de R$ 159 bilhões", disse o ministro.

Para Padilha, o aumento do deficit não causou desgaste ao ministro Henrique Meirelles (Fazenda), que enfrentou uma disputa nos bastidores com a base aliada para evitar que fosse estabelecida uma meta de R$ 177 bilhões com o objetivo de favorecer parlamentares governistas.

Supermercados

O peemedebista participou nesta quarta (16) de cerimônia de assinatura de decreto que permite juridicamente às redes de supermercado negociar a abertura dos estabelecimentos aos domingos e feriados em todo o país.

Hoje, para a abertura, é necessária uma lei municipal e um acordo com os sindicatos dos funcionários. A medida facilita que a nova jornada seja incluída no contrato de trabalho e diminui o risco de contestações judiciais.

Em discurso, o presidente Michel Temer afirmou que a iniciativa moderniza a atividade profissional e atende a uma demanda da população em geral.

Ele afirmou que toda vez que é proposta alguma reforma ou alteração ocorre uma "guerra brutal". Na sequência, no entanto, ocorre "o silêncio dos que protestam", que ficam "obrigados a se curvarem à realidade".

O presidente reconheceu que a reforma previdenciária é um "tema árido" e pediu que os varejistas e empresários presentes no evento a defendam em apresentações e discursos.

"É preciso que as classes produtivas do país nos apoiem nessa matéria. Onde estiverem e puderem discursar, há a necessidade premente da reforma previdenciária em nosso país", disse.

Padilha afirmou que o novo cronograma do governo é aprovar as mudanças na aposentadoria em dois turnos na Câmara na primeira quinzena de outubro.

Fonte: Folhapress
Por: Gustavo Uribe
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