Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

Professores do estado fazem paralisação e protesto no Karnak

Os professores reivindicam reajuste salarial para os funcionários administrativos da Educação, o pagamento de gratificações, aposentadorias e outras demandas.

26/09/2017 08:41

O Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sinte-PI) marcou para a manhã de hoje (26) uma paralisação a nível estadual para a categoria. O sindicato convocou a todos para fazer concentração em frente ao Palácio de Karnak para tentar um diálogo com o Governo.

Professores se reuniram na rua Sete de Setembro, na lateral do Palácio (Foto: Moura Alves/ O Dia)

De acordo com o sindicato, o Governo passou a pagar o salário reajustado após a greve realizada pela categoria no início do ano. O problema é que o pagamento estaria acontecendo de forma irregular, já que não foi editada a lei do piso dos professores. Assim, os profissionais que estão para se aposentar esperam que o reajuste seja garantido por decreto, para que possam receber a aposentadoria calculada sobre o novo valor. 

“É uma obrigação do Governo e nós viemos aqui cobrar. [A situação] vem desta maneira desde junho, se uma lei do reajuste, e com isso emperra as aposentadorias de professores e funcionários”, explica a presidente do Sinte, a professora Paulina Almeida. A preocupação, segundo a presidente, é com a falta de segurança legal do reajuste concedido pelo governo que não foi oficializado por decreto.

Além dos professores, funcionários administrativos das escolas dependem de um decreto de reenquadramento para se aposentar e receber reajuste salarial. 

“É uma obrigação do Governo e nós viemos aqui cobrar", disse a professora Paulina  Almeida (Foto: Moura Alves/ O Dia)

A categoria reivindica ainda o reajuste das gratificações. De acordo com o Sinte, há valores de gratificação que estão congelados há cerca de 9 anos. “Cobramos o reajuste de gratificações de toda natureza: para escolas de tempo integral, diretores, funcionários administrativos trabalhando em secretarias. O governo coloca sempre o limite prudencial como empecilho, e sabemos que é uma foram do governo se safar de não dar reajuste”, declarou a presidente do Sinte.

A paralisação acontece hoje em escolas de todo o estado. Professores de Teresina, Esperantina, Demerval Lobão, Piripiri, Picos e outras cidades do Piauí devem participar do ato no Palácio do Karnak. Segundo nota divulgada pelo sindicato, além da concentração no palácio, núcleos regionais devem realizar protestos em suas cidades. 

Ainda segundo a nota do Sinte, o governador atendeu a categoria nesta segunda-feira (25), mas não apresentou nenhuma resposta quando às reivindicações. O texto diz que Wellington Dias se comprometeu em encaminhar para a Assembleia Legislativa a Lei do Piso para ser aprovada, e que irá conversar com a Procuradoria Geral do Estado e com o Tribunal de Contas do Estado sobre a situação do reenquadramento dos administrativos.

Escola em hotel

Para além das pautas da categoria, os professores reivindicam também melhores condições de infraestrutura. Os docentes denunciam escolas do estado com ventiladores defeituosos, salas sem janelas e até salas de aula improvisadas dentro dos quartos de um hotel.

A professora Gorete Campos, presidente da regional do Sinte em José de Freitas, conta que a escola da cidade de Lagoa Alegre foi interditada para passar por reformas. Enquanto as obras acontecem, as aulas foram transferidas para um hotel que fica na cidade. Você sabe, um hotel tem quartos pequenos. E estão separando as salas com cortina”, relata a professora. A situação foi levada para o conhecimento da superintendência estadual de educação. 

Professores denunciam ainda escolas com problemas de infraestrutura (Foto: Moura Alves/ O Dia)

Além dessa situação, os alunos da escola Governador Pedro Freitas, também em José de Freitas, estão organizando um movimento para reivindicar melhorias na climatização das salas de aula. “São salas sem ventiladores, algumas delas fechadas, sem janelas”, disse a professora Gorete. Os estudantes farão uma manifestação pública na cidade na durante esta semana.

Edição: Nayara Felizardo
Por: Andrê Nascimento
Mais sobre: