Apesar de várias solicitações de um novo adiamento, o Ministério da Educação (MEC) manteve o cronograma de realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) com provas já neste domingo (17). Para o deputado Merlong Solano (PT), que defende uma nova data, a decisão representa “mais um atentado contra a saúde pública” por parte do presidente Jair Bolsonaro. 

“O governo que não vacina a população brasileira é o mesmo que quer realizar o Enem, uma atividade que envolve seis milhões de pessoas, entre estudantes e trabalhadores da organização do certame. Justamente no momento em que a pandemia está com números elevados”, completou o parlamentar piauiense.

^{Merlong Solano (Foto: Poliana Oliveira/Arquivo/ODIA)}

Merlong ainda argumenta que a manutenção do exame neste contexto de crise sanitária, onde as aulas presenciais foram paralisadas em detrimento ao ensino remoto para evitar aglomerações nas salas de aulas, evidenciará a “enorme desigualdade social brasileira”. Segundo ele, nem todos irão competir nas mesmas condições para o ingresso nas universidades.

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“Enquanto alguns estudantes tiveram acesso a bons canais de educação a distância e recursos pedagógicos, muitos não tiveram, então realizar o Enem neste momento além de risco a saúde pública, é consolidar a desigualdade do acesso da nossa juventude ao ensino superior, um prejuízo aos estudantes de escolas públicas e das famílias mais pobres do nosso país”, afirma o petista.

Na avaliação do deputado, além do adiamento, uma nova data para realização do Enem só deve ser definida após um cronograma de vacinação que atende todos os envolvidos na realização do certame. 

Por: Breno Cavalcante