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"Se o Themistocles for melhor do que a Margarete, o PP vai ceder"

Em entrevista, o senador falou sobre a filiação de deputados com mandatos como estratégia para aumentar a bancada da sigla na Alepi e no Congresso Nacional.

27/11/2017 06:30

Mesmo defendendo a coligação no projeto de reeleição do governador Wellington Dias (PT), o senador Ciro Nogueira afirmou, em entrevista exclusiva ao jornal O DIA, que “jamais irá ceder” a vaga de vice ao PMDB se Margarete Coelho se mostrar, nos critérios para definição da chapa, melhor que o deputado Themístocles Filho para o cargo. O presidente do PP ressaltou que, assim como Wellington, Margarete tem o direito de tentar a reeleição.

Além disso, o senador falou também sobre a filiação de deputados com mandatos como estratégia para aumentar a bancada da sigla na Assembleia e no Congresso Nacional. Ciro Nogueira comentou ainda a possibilidade de Firmino Filho (PSDB) sair como candidato ao governo, a liberação de empréstimos para o governo do Estado e a influência que possui no governo de Michel Temer (PMDB). “O Piauí vai se surpreender com volume de investimentos do Ministério das Cidades”, disse.

O senador Ciro Nogueira admitiu que se Themístocles for melhor do que Margarete para garantir a vitória de Wellington, o PP aceita ceder vaga de vice (Foto: Moura Alves/O Dia)

Em alguns eventos que o senhor esteve presente, chegou a ser alvo de vaias de alguns membros do PT. Na sua avaliação, porque isso acontece, tendo em vista que o senhor não só é aliado do Governo, mas vem reiterando que irá manter o apoio?

Olha, o PP e o PT não tem identificação ideológica. O PP é um partido de esquerda, e o PP é um partido de centro-direita, não existe essa aproximação de militância entre os dois partidos. Nós temos a convivência em alguns projetos políticos, como é o caso Governador Wellington Dias, e tivemos lá atrás com o projeto do presidente Lula. Depois houve aquela incisão em que os Progressistas foi muito importante na retirada da presidente Dilma. O diretório dos Progressistas no Piauí foi contra, mas acompanhamos a maioria, o que criou uma situação de desgaste dessa relação. Depois disso, tivemos as eleições municipais, onde houve o enfrentamento muito grande. Os Progressistas saíram de sete prefeitos para 40 prefeitos e nós tivemos algumas disputas muitos acirradas, emblemáticas, como é o caso de Picos, que criou animosidade do partido, tanto para militância contra o Wellington e o que ficou mais evidente foi a da militância do PT, que talvez seja mais barulhenta, contra minha pessoa, mas isso não afeta. A vida do homem público é feita de aplausos e vaias, de incentivos e às vezes de críticas. Então, nós temos que utilizar isso como uma força para trabalhar cada vez mais para o estado. Isso não afeta nada minha relação com o governador.


Confira aqui a entrevista na íntegra 

Por: Ithyara Borges e João Magalhães - Jornal O Dia
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