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Hospitais ocupam o terceiro lugar em acidentes de trabalho no Piauí

Atividades de atendimento hospitalar ficam atrás apenas da construção de edifícios e atividades de correio

21/11/2017 13:13

Trabalhadores da saúde ficam expostos a acidentes de trabalho típicos, caracterizados pelo artigo 19 da Lei nº 8.213/91, como aqueles que acontecem em decorrência do trabalho a serviço da empresa e da atividade profissional desempenhada. No Piauí, as atividades de atendimento hospitalar ocupam o terceiro lugar em acidentes de trabalho por atividade econômica, com 468 comunicações para o INSS entre 2012 e 2016 e 6,33% das notificações. Os hospitais ficam atrás apenas da construção de edifícios (12,56%) e atividades de correio (9,39%).

Durante a realização do seu trabalho, profissionais da saúde ficam expostos a agentes físicos, químicos, psicossociais, ergonômicos e biológicos. Estes últimos são responsáveis pela insalubridade e os acidentes de trabalho podem acontecer pelo ferimento com agulhas e outros materiais perfurocortantes, extremamente perigosos pelo potencial em transmitir enfermidades como HIV (vírus da Imunodeficiência Humana) e hepatites B e C. As lesões corporais ou perturbações funcionais podem causar a perda ou redução da capacidade para o trabalho, seja temporária ou permanentemente, ou até a morte.

No Estado de Piauí, foram registrados 14.461 auxílios-doença por acidente do trabalho entre 2012 e 2016. O impacto previdenciário dos afastamentos do Estado foi de R$ 141.158.527,44, com a perda de 3.615.640 dias de trabalho. Já o município Teresina somou 6.934 auxílios-doença por acidente do trabalho no período. O impacto previdenciário dos afastamentos da capital foi de R$ 61.125.356,58, com a perda de 1.510.910 dias de trabalho.

De acordo com a coordenadora do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST) no Piauí Vera Regina, o Estado ainda é subnotificado sobre os acidentes de trabalho. O Centro investiga e avalia locais de trabalho para detectar riscos e periculosidades que possam causar danos à saúde do trabalhador. “Estamos realizando um trabalho nos municípios para que haja maior notificação no sistema. A orientação do Ministério da Saúde é que recebamos a comunicação sobre acidentes ocorridos com todos os trabalhadores, formais ou não”, ela explica.

Os dados são do “Observatório Digital de Saúde e Segurança no Trabalho – Smartlab de Trabalho Decente MPT - OIT. 2017”, com acesso em 7 de novembro de 2017. Mais informações no endereço:  http://observatoriosst.mpt.mp.br. Suas fontes para catalogação de dados provêm do Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério da Fazenda, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Organização Internacional do Trabalho (OIT) e Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).

Fonte: Da Redação
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