Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

Robô, realidade virtual e vídeo ao vivo vão crescer em mídias digitai

Relatório da Dentsu Aegis, um dos maiores grupos publicitários no mundo, mostra caminho da inovação no marketing digital; veja a lista de tendências.

04/03/2017 13:17

Sabe aqueles robozinhos virtuais que as empresas lançam com respostas pré-programadas para te atender? Você deve ver cada vez mais deles no SAC das empresas. E com funções mais sofisticadas - eles podem ter senso de humor e até vender algo pra você. Os robôs virtuais, ou "bots", como são chamados no mundo da tecnologia, são apontados como uma das grandes frentes de inovação no marketing digital para 2017 em um relatório do grupo Dentsu.

A análise é do Media Futures Labs, uma área criada dentro da Dentsu Aegis Network, um grupo publicitário presente em 145 países. Essa divisão ajuda as agências de publicidade e seus clientes a explorar o potencial de novas plataformas digitais, como ferramentas do Google, Facebook e Snapchat.

Além dos robôs virtuais, outras tecnologias devem entrar no radar das marcas este ano, segundo o relatório. Na lista estão transmissões ao vivo, ferramentas de realidade aumentada e TVs corporativas.

"Esse relatório dá um cardápio de possibilidades para a estratégia de marketing das empresas se renovar e se reinventar", diz Pedro Thompson, diretor do Media Futures na Dentsu Brasil. Segundo ele, essas tendências devem se tornar cada vez mais frequentes na relação com o consumidor, mas sua aplicação será usada primeiro em empresas mais abertas à inovação.

Para ele, a crise econômica no Brasil pode atrasar o desenvolvimento das tecnologias no país."As marcas precisam sair da zona de conforto e inovar. A crise pode atrapalhar um pouco. Nesse contexto, muitas marcas querem retorno garantido, tem medo de arriscar e ficam só no arroz com feijão."

Veja 5 tendências para marketing digital em 2017:

1 - Realidade aumentada e virtual

  O fenômeno Pokemon Go chamou a atenção para a tecnologia de realidade aumentada no ano passado. O Cannes Lions, o principal festival de publicidade, recebeu pela primeira vez campanhas feitas com tecnologia de realidade aumentada.

O jornal The New York Times venceu dois grandes prêmios em Cannes com um documentário que contava a história de três crianças refugiadas usando realidade virtual.

Segundo o relatório da Dentsu, o uso de realidade aumentada deve crescer e trazer soluções que coloquem a tecnologia ao alcance de todos. "A realidade virtual pode ser usada além da diversão. Podemos explorar a maneira como as pessoas compram, vivem e trabalham", diz o relatório.

Um exemplo disso é o site chinês Alibaba, que criou um dispositivo que permite que seus consumidores naveguem em uma réplica virtual na Macy's de Nova York.

Jovens jogam Pokémon Go em Nova York (Foto: REUTERS/Mark Kauzlarich/File Photo)

2 - Robô virtual

Os chamados "bots" são uma das principais frentes de inovação das marcas nas áreas de marketing e atendimento ao consumidor. A Starbucks é uma das pioneiras na tecnologia - a empresa tem um perfil no Facebook para o Pumpkin Spice Latte, um dos sabores mais tradicionais do seu cardápio, que dá respostas automáticas para os clientes em um bate-papo no Facebook Messenger. A Starbucks lançou no fim de janeiro outro bot que entende comandos de voz e faz pedidos para o consumidor.

Starbucks apresenta robô que recebe pedido de café

"É uma tendência porque reduz o tempo do atendimento no call center. E hoje existe uma busca das marcas de estabelecer um diálogo com o consumidor. O robô da marca vai ser um amigo da lista de contatos", disse Thompson. Segundo ele, esses robôs devem ganhar ambientes em que o consumidor já está, como Twitter ou Facebook.

No ano passado, a Domino's Pizza lançou um serviço que permite que o cliente peça sua pizza por meio do Facebook Messenger.

No Brasil, a ferramenta já foi usada pelo banco Original e pela Gol. O 'bot' da Gol permite que o usuário faça o seu check-in por meio do Twitter, entre outras funcionalidades.

3 - Transmissões ao vivo

As transmissões ao vivo na internet já ganharam as redes. Durante a campanha para a presidência dos EUA, o então candidato Donald Trump recorreu o Facebook live.

Esses recursos são uma opção de baixo custo para as marcas falarem com a sua audiência, de acordo com o relatório da Dentsu. A tendência, no entanto, é que essas transmissões se profissionalizem e ganhem mais qualidade.

"Não é porque esse tipo de transmissão permite uma linguagem mais autêntica e próxima do consumidor que ela precisa ser de baixa qualidade. A marca pode e deve investir na qualidade de conteúdo, ideias, roteiros e influencers usados", diz o relatório.

4 - TV corporativa

A produção de conteúdo pelas marcas é uma tendência que veio para ficar. Mais do que fazer comerciais tradicionais, as empresas vão produzir documentários, séries, programas de entrevista, por exemplo.

A Coca-Cola, por exemplo, já lançou um canal no YouTube em diversos países. Mais do que divulgar campanhas e informações corporativas, a Coke TV traz conteúdo de esporte e entretenimento que podem interessar seu público-alvo.

A Red Bull criou uma divisão de conteúdo para abastecer seu próprio canal. A Red Bull TV ganhou notoriedade por divulgar conteúdo sobre esportes radicais.

5 - Identidade conhecida

As empresas devem investir em tecnologias que reconheçam o consumidor tanto nos meios online quanto offline. Com isso, a empresa pode automatizar soluções e oferecer uma estratégia de marketing personalizada, de acordo com o perfil do usuário.

Na sua estreia como loja física, a Amazon Go lançou um aplicativo no qual o consumidor faz um check in pelo celular e se identifica quando entra na loja. Depois disso, é só pegar o que quiser nas prateleiras, lançar no carrinho virtual e sair da loja.

Já a Unilever pagou US$ 1 bilhão para comprar a Dollar Shave Club, uma empresa de assinatura de produtos para homens, em julho do ano passado. Uma das justificativas da gigante de bens de consumo para a aquisição foi seu interesse na conexão da empresa com os consumidores e nos dados sobre seu comportamento de consumo. Com essa empresa, a Unilever terá um relatório mensal do hábito de compra individualizado de cerca de 3,5 milhões de homens.


Fonte: G1
Mais sobre: