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Coletivo Salve Rainha traz debate sobre a força do feminino

A escolha da Praça Saraiva também chama atenção e era um desejo antigo dos integrantes. grupo quer debater a ocupação e revitalização do espaço.

02/10/2017 07:47

Em comemoração aos três anos de Coletivo Salve Rainha, o grupo apresenta a temporada ‘Rainha das Flores’, trazendo um debate sobre a força do feminino, com a roda de conversa “Salve Todas! Viemos devolver suas flores’, além dos espaços já conhecidos. A edição de ontem (1º/10) aconteceu na Praça Saraiva, Centro de Teresina, e contou com exposições, feiras e apresentações artísticas. Esta temporada remete à primeira de todas as ocupações, ‘Ensaios de Primavera’, que aconteceu na Praça Ocilio Lago, em setembro de 2014. Sobre esta edição, Camila Fortes, integrante do Salve Rainha, destaca que é um momento do coletivo se consolidar e apresentar o trabalho que vem desenvolvendo em toda a cidade. 

A escolha da praça para realização do evento era um desejo antigo dos integrantes do Coletivo Salve Rainha (Foto: Assis Fernandes/ O Dia)

“Essa temporada veio para ressignificar a ideia de coletivo e como podemos ocupar a cidade de uma forma legal, vindo exatamente para registrar e marcar essa memória. Também foi um marco muito importante porque deixamos de ser Ensaio. Antes era algo experimental e estávamos dispostos a errar, pois precisávamos conhecer as necessidades da cidade, mas agora conseguimos nos concretizar e assumir a responsabilidade de nos tornarmos uma temporada”, pontua Camila Fortes. 
A escolha do local também chama atenção e era um desejo antigo dos integrantes. Segundo a integrante do Coletivo, a Praça Saraiva possui muitas histórias e antigamente era utilizada para promover feiras com produtos artesanais e apresentações artísticas. Além disso, o grupo também visa promover um debate sobre a ocupação e revitalização do espaço. 
"Essa praça tem movimento durante o dia, mas à noite é totalmente abandonada e negligenciada. Um dos nossos propósitos não é apenas subir um lugar, mas resgatar sua memória e ressignificá-lo. Então fazemos a seguinte reflexão ‘Será se esse local é perigoso e as pessoas não frequentam por isso? Ou ele é perigoso porque as pessoas não frequentam?”, acrescenta Camila. 

(Foto: Assis Fernandes/ O Dia)

Como parte das comemorações, o coletivo trouxe a apresentação nacional da cantora, compositora, ilustradora, percussionista, poeta e atriz Karina Buhr. Haverá ainda a feira sobrenatural com produtos e comidas diversificadas, proporcionando a economia solidária, galeria e artistas locais, além do bar, meio importante para o sustento do coletivo. Também será realizado o concurso ‘Rainha do Close’ para os participantes do evento. 
David Oliveira também é integrante do coletivo e participa pela primeira vez da temporada. Após expor seu trabalho na última edição, ele foi convidado para integrar o grupo e auxilia na produção estrutural do evento. “Eu quis integrar o coletivo porque tenho ideias muito parecidas com o pessoal e como tem poucas pessoas que participam da galeria, eu quis fazer parte e fui logo me enquadrando”, frisa
Por: Isabela Lopes
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