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Sindicato impede saída de ônibus intermunicipais e protesto pode continuar

Sintetro afirma que não houve resposta por parte dos patrões. Diretoria do sindicato se reúne no início da tarde para decidir sobre os protestos

22/06/2017 10:57

Após 7 horas de paralisação, o Sindicato de Trabalhadores de Transporte Rodoviário em Teresina, autorizou o retorno das atividades intermunicipais. Às 12h a diretoria do Sindicato se reuniu com funcionários das empresas na rodoviária de Teresina. Foi decido que os ônibus voltariam a circular normalmente, porém as reivindicações não seriam esquecidas, e eles tentariam novo acordo.

Atualizada ás 12h54 

Na manhã desta quinta (22), motoristas e cobradores do transporte intermunicipal do Piauí paralisaram suas atividades em todas as cidades do Estado que recebem o serviço, com exceção de Parnaíba. Segundo Sindicato de Trabalhadores de Transporte Rodoviário em Teresina (Sintetro), os salários estão em atraso, não há ticket-alimentação para os profissionais e nem plano de saúde.

Francisco das Chagas, presidente do Sintetro, afirmou que a paralisação é o único modo de chamar atenção dos empresários. "Sabemos que afetamos a população, mas precisamos ser ouvidos, estamos cansados da condição em que estamos, principalmente do atraso de nossos salários e as péssimas condições de trabalho”, afirmou.

Os passageiros que pretendem vir a Teresina nesta manhã não serão afetados, pois apenas os ônibus que partem da Capital é que estão parados. A estudante Maria Clara que reside na cidade de Altos comenta que soube da paralisação quando já estava no ônibus em direção a Teresina. “A vinda foi tranquila, mas conversando com o cobrador ele disse que não sabe que horas os ônibus voltariam ao normal, ou seja, não sei que horas e nem como voltarei para casa”, disse.

De acordo com informações do Sintetro, a diretoria irá se reunir às 13h para decidir se os ônibus retornam ou não a circulação normal. Até o momento não houve nenhuma resposta as reivindicações por parte dos patrões. 

Transporte clandestino

Segundo Gleyson Barros, presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Piauí (Sineonibus), a maioria das empresas está com problemas para ‘honrar’ os compromissos, devido ao aumento dos transportes clandestinos no estado. "Os funcionários não estão errados em fazer suas reivindicações, mas a culpa não é nossa. O governo e a Polícia Rodoviária Federal conhecem a situação, pois já denunciamos, mas nada foi feito", reclama.

A diretoria do Sineonibus ainda explica que se a situação continuar assim, as empresas poderão entrar em falência, restando aos passageiros apenas o transporte clandestino, o que seria perigoso pois não é qualquer veículo que está habilitado para realizar esse tipo de transporte de forma segura. "Estamos tentando manter uma relação justa, mas para que isso aconteça é preciso que o governo também nos ajude, pois estamos perdendo passageiros”, afirma Gleyson Barros.

Edição: Nayara Felizardo
Por: Geici Mello
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