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Terreno na zona Leste de Teresina se tornou depósito de lixo irregular

90% do lixo irregular depositado no local é de entulho de construção civil, o que comprova que o problema, tão corriqueiro na cidade.

11/10/2017 07:06

Na zona Leste, um terreno privado localizado no cruzamento da rua Industrial José Camilo da Silveira com a avenida Raul Lopes, sofre constantemente com o problema de depósito irregular de lixo. De acordo com o assessor técnico da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Semduh), Robespierre Leite, 90% do lixo irregular depositado no local é de entulho de construção civil, o que comprova que o problema, tão corriqueiro na cidade, não é cometido apenas pelos carroceiros e pela população. Até ontem foram retiradas 251 toneladas de entulho.

“Há muito tempo que a gente vem identificando e monitorando esse terreno. Temos isso como uma prática comum, principalmente de quem trabalha com construção civil. Todas as formas de despejo de material vem das caçambas do pessoal que tira entulho das obras de construção. E é porque próximo daqui tem dois Ponto de Recebimento de Resíduo (PRR). O pessoal que que trabalhar corretamente pode levar para lá. Os carroceiros por exemplo, utilizam os contêiners de lá. As infrações aqui não são deles”, explica o assessor.

O problema é tão crítico, que o terreno já tem a aparência de um lixão. Na manhã de ontem (10), foi feita a limpeza da região, custeada por uma empresa que foi autuada por cometer a infração de depósito irregular de lixo. Ela teve que repassar R$ 14 mil para a limpeza pública tirar todo o entulho do terreno. A autuação foi feita por meio do Programa Lixo Zero, que identificou o problema no primeiro semestre desse ano. Foram preciso seis caçambas, cada uma com capacidade de 10 toneladas para carregar o lixo.


A situação é crítica, e o terreno já tem a aparência de um lixão (Foto: Moura Alves/O Dia)

Consequências

Segundo o coordenador do Programa, Felipe Gomes, a empresa foi demolida e todo o entulho da demolição foi despejado no terreno privado. Quando a fiscalização identificou a infração, enviaram um relatório para a Semduh, que identificou o proprietário da empresa e o notificou da multa que pagaria. Para ele, é preciso conscientização, porque o mal hábito traz consequências graves ao meio ambiente, às pessoas e à cidade.

“Além do caráter urbanístico, que fica afetado, porque a cidade fica suja e feia, ainda tem a questão da proliferação de vetores. Aqui é uma área que tem espécie de aves, outros animais, tem uma lagoa. Então, tudo isso prejudica. O terreno é privado e já fizemos uma denúncia ao Ministério Público para identificar o proprietário”, ressalta o coordenador.

O assessor técnico da Semduh, Robespierre explica que já foi discutido com a comunidade de trabalhadores da construção civil que eles adquirissem um local próprio deles para onde levariam todo o resíduo da construção civil, visto que eles são os responsáveis pelo destino que esse entulho terá. Para o assessor essa seria a melhor saída. “Se tivessem esse local, poderiam segregar a parte que podem reaproveitar e os que seriam descartados, que ficariam nesse local de forma regulamentada e sem prejuízos à cidade”, explica ele.

Por: Karoll Oliveira - Jornal O Dia
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