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Constranger para curar

Jesus, especialista em corações, mentes e almas, não tem problema em constranger aqueles a quem ama

27/10/2019 22:34

Quando Jesus pede que a mulher samaritana tire um pouco de água do poço para ele beber, ela se assusta com o fato de um homem – ainda por cima judeu – dirigir a palavra a ela (judeus e samaritanos tinham desentendimentos históricos). Jesus afirma que, na verdade, ela é quem lhe pediria se soubesse que ele poderia oferecer a água da viva. Então ela diz: “Senhor, dá-me dessa água, para que não mais tenha sede, e não venha aqui tirá-la”.

Esta história (escrita em João 4:4-30) sempre me toca, mas desta vez foi diferente, porque pensei nas razões que levaram a mulher a fazer esse pedido. Imagino que suas motivações até então eram egoístas, tudo o que ela queria era não precisar ir, em pleno meio-dia, buscar água no poço. Ela escolhia esse horário para não ser vista por ninguém, para não precisar responder pergunta alguma das vizinhas, para não ter que dar explicações sobre quem era ou o que andava fazendo.

Mas Jesus, especialista em corações, mentes e almas, não tem problema em constranger aqueles a quem ama. Se ele tem a oportunidade, não se furta de tocar na ferida, não com o intuito de machucar, mas de aplicar remédio e sarar de uma vez por todas. Ele fez isso com a mulher samaritana, expondo os detalhes de sua vida: “tiveste cinco maridos, e o que agora tens não é teu marido”.

Ela poderia ter fingido, fugido, voltado à sua rotina, e pensado “quem esse homem pensa que é para falar da minha vida?”. É o que muitos têm feito hoje, mentindo para si mesmos, fingindo que Jesus não é Jesus, que ele não é o próprio Deus. Mas ela fez a melhor escolha, e a partir daí mudou o foco da conversa, preocupada não mais com seus próprios interesses, mas em como agradar e adorar a Deus de verdade.

Foi quando ela soube que ali, em sua frente, estava o próprio Messias. Então, a mulher que, por vergonha, escolhia o pior horário do dia para ir buscar água, deixou seu cântaro e saiu correndo para anunciar a todos em sua cidade que Jesus Cristo passava por lá. Ela não mais se preocupou com os julgamentos, porque quem de fato poderia condená-la já havia lhe oferecido a água da vida.

Como não amar esse Deus, que inclui em sua agenda uma visita rápida a uma cidade, para ter um encontro especial com uma só pessoa? O mesmo Deus que se importou especialmente com a mulher samaritana também se importa com você e comigo. Deixe que Ele te constranja e toque em suas feridas! 

Edição: Pollyana Rocha
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