Pisquei, e de repente é Outubro.
O primeiro mês do último trimestre do ano. Esse período que gera na gente
aquela sensação de “valha, meu Pai, o ano acabou, e o que eu fiz?”. Ainda não é
hora de escrever os planos para 2020, e talvez já não dê tempo de marcar ok em
toda a lista de projetos para este ano. Mas, pode ser um bom momento para dar uma
revisitada neles...
Quem sabe, a partir daí, você perceba que janeiro não é único mês adequado para iniciar a prática de exercícios físicos. Pode ser que você descubra que uma terça ou quarta-feira do antepenúltimo mês do ano seja um bom dia para iniciar a leitura daquele livro que estava planejado para fevereiro. Ou, ainda, que é possível ler o Novo Testamento completo em três meses.
Planejar é bom, e revisitar os planos para corrigir o que foi mera empolgação de virada de ano também. O mais importante é que os projetos estejam de acordo com a vontade de Deus, que conhece as forças e fraquezas de cada um de nós, que perdoa, que compreende e que dá novas chances, desde que tenhamos um coração aberto a Ele, pronto para viver de forma equilibrada – sem ansiedades, vaidade e orgulho.
Um bom exemplo a não ser seguido é o homem rico da parábola que Jesus contou, escrita em Lucas 12. 16-21:
“O campo de um homem rico produziu com abundância.
E arrazoava consigo mesmo, dizendo: Que farei, pois não tenho onde recolher os meus frutos?
E disse: Farei isto: destruirei os meus celeiros, reconstruí-los-ei maiores e aí recolherei todo o meu produto e todos os meus bens.
Então, direi à minha alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te.
Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?
Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus”.
O homem rico fez planos, que poderiam não ser maléficos, se o desejo do coração dele fosse o de repartir, abençoar outras vidas, glorificar a Deus com os bens dele... Mas ele estava cheio dele mesmo – meus celeiros, meu produto, meus bens, minha alma...
Rico de si, pobre para com Deus, este homem não teve tempo de experimentar os prazeres simples e maravilhosos desta vida. Ele não pôde simplesmente desfrutar do cheiro da terra molhada de suas plantações; ou louvar a Deus pela capacidade de colher os frutos com as próprias mãos; e ainda de convidar os amigos para uma refeição feita com seus frutos. Ele não teve mais chance de fazer bons planos para o futuro...
E você, como estão os seus planos para os próximos dias? Jesus faz parte deles? Você quer viver os seus planos ou os dEle? Garanto que com Ele é bem melhor. Ele faz mais do que podemos imaginar, e tem feito isso na minha vida. Já posso olhar para janeiro-setembro e contemplar a bondade do Senhor, trabalhando no meu caráter, na minha fé; moldando as minhas vontades às dEle. E que seja assim até o fim do ano. Que seja assim por todos os meus dias, que são dEle!
Edição: Pollyana Rocha