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Comitiva do Brasil para a beatificação de Irmã Dulce é de dar vergonha

Confira o texto publicado na coluna Esplanada no Jornal O Dia.

11/10/2019 11:36

What?!

Caiu como bomba em Brasília a revelação da Agência Bloomberg de que o governo dos Estados Unidos virou as costas para a principal demanda internacional do presidente Jair Bolsonaro: a entrada do Brasil no seleto clube da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Nos corredores do Palácio, a tentativa de discurso público é minimizar o caso a burocracias do órgão: o presidente americano Donald Trump apoiou a indicação do Brasil, mas seguindo a devida tramitação da OCDE. Neste caso, a Argentina – apoiada oficialmente pelos EUA – está na frente na fila. Mas há quem aponte que o Brasil tem chance. A Argentina está quebrada, em moratória, e pode ser vetada pelos países membros, abrindo a vaga.

E..

..isso ocorre depois que o Governo Bolsonaro topou alugar a Base de Alcântara para os EUA, liberou vistos para americanos, desenrolou acordos comerciais pró-América..

Vergonha

A comitiva oficial do Brasil para a beatificação de Irmã Dulce no Vaticano é de dar vergonha. Até ontem eram 59 políticos. Tem gente que não bota um pé na Igreja. Tem senhoras de parlamentares de carona. Há passageiro sem qualquer relação com o fato.

Aliás..

..Ninguém buscou um voo comercial, por conta própria, para Salvador. É onde haverá uma cerimônia oficial, da Igreja, na arena Fonte Nova, com transmissão de Roma.

Lembrete

Assim como o PGR Augusto Aras, o ex-presidente José Sarney viajou por sua conta a Roma. Embora convidados da comitiva do Governo, foram em voos comerciais.

Faísca na bomba

Bastou uma nota na imprensa dizendo que a Refit lançaria um aplicativo de delivery de combustíveis para que os dinossauros do setor se unissem numa guerra contra a empresa – a única refinaria privada do País. O que ninguém entende é a razão de o governador paulista, João Doria, deixar a Procuradoria do Estado se aliar aos sindicatos tradicionais contrários à concorrência e inovação.

Dedão

A situação do ex-ministro Geddel Lima só se complica no STF. Na terça, na Segunda Turma, o ministro Celso de Melo, revisor do voto do relator Edson Fachin, o seguiu e validou as provas das digitais nas notas dos R$ 51 milhões achadas nas malas.

Do coldre

O deputado Aluisio Mendes, que não foi um dos entusiastas da Operação Lava Jato, fez exame de consciência. É autor da PEC, elaborada pela Federação Nacional dos Policiais Federais, que remodela a corporação. Visa melhorar a resolução de crimes. Enquanto a PEC 412, de autonomia da PF, apresentada pelos delegados federais, voltou à gaveta.

Dois galos

O presidente do PSL, Luciano Bivar, é alma gêmea de Jair Bolsonaro. Gosta de uma briga. Em 2008, intrigado com a ascensão do irmão, Milton Bivar, compôs chapa de oposição a ele na disputa pela presidência do Sport Clube do Recife. Luciano perdeu.

E a nacional?

Quatro entidades que representam a Base Industrial de Defesa e Segurança do Brasil (BID) lançaram nota em que alertam sobre ataques contra a indústria nacional. O comunicado surge na semana em que a PM de São Paulo lançou edital internacional para compra de produtos que, por lei, só poderiam ser comprados de produção daqui.

PIB do setor

O edital exclui a indústria nacional da concorrência. Na nota, os representantes da indústria nacional afirmam que “abrir o mercado com regras desiguais é condenar o Brasil à desindustrialização e ao colonialismo tecnológico”. A BID alega que gera 60 mil empregos diretos e é responsável por 3,7% do PIB nacional.

Mercado

O Brasil subiu apenas um degrau, entre 2018 e 2019, no ranking do Fórum Econômico Mundial que avalia a competitividade de 141 países. Avançou para a 72ª posição, conforme o Global Competitiveness Index.

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