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Roberto Jefferson passou no Piauí para visitar correligionários.

Confira o texto publicado na coluna Esplanada no Jornal O Dia.

11/11/2019 08:06

Minirreforma

O presidente Jair Bolsonaro faz discreta minirreforma a fim de fechar o ano com a base governista consolidada, visando votos suficientes para aprovar as PEC da reforma administrativa, enviadas há dias ao Congresso. A equação envolve remanejamentos de pastas para onde há maior movimentação de emendas parlamentares, e assim ele atende melhor os partidos aliados. A Secretaria de Cultura já saiu do Ministério da Cidadania e ficará no bojo do Ministério do Turismo. A Secretaria de Esporte será transferida para outro ministério, e com esse ‘esvaziamento’ da pasta, o ministro da Cidadania, o médico Osmar Terra, deve assumir o Ministério da Saúde. O Palácio estuda deixar o Bolsa Família com a ministra Damares Alves, dos Direitos Humanos.

Viva a República!

A despeito do esforço do Governo para tocar a pauta no Congresso, a semana será fria. Não há, até agora, agenda deliberativa de quarta a sexta – feriado da República.

Oi e tchau

Roberto Jefferson, o poderoso do PTB, passou no Piauí para visitar correligionários. Tirou Paes Landim do comando do diretório e nomeou o ex-senador João Claudino.

É tri!

O ex-senador boa praça Eduardo Suplicy é craque em desatenção. Nos últimos três anos, perdeu a carteira em passeata sindical; teve outra roubada na Catedral da Sé em missa do PT; e no sábado perdeu o celular na festa do Lula em São Bernardo.

Rescaldado

Lula da Silva anda mais rescaldado. Não descarta um petit comitê entre ricos, mas não esquece o cheiro do povo. Na sexta, quando deixou a sede da PF, foi recebido com festa e uísque em apartamento de luxo no bairro mais rico de Curitiba. No sábado, correu para palanque debaixo de sol para comício em São Bernardo do Campo, seu berço.

Síndrome do trono

O repórter Walter Nunes revelou na Folha de S.Paulo que Lula deixou mala e objetos pessoais para trás, na sala-cela, e desceu para o abraço e liberdade. Um assessor pegará tudo hoje. Para quem se acostumou a passar 8 anos por portas sem tocar na maçaneta,  isso é o resultado da síndrome do “tenho gente pra isso”.

Bolsonaro acordou

A liberdade de Lula é a melhor coisa que pode acontecer ao presidente Jair Bolsonaro. Até sábado, não havia alguém à altura que lhe cobrasse pelo cargo. Terá de mostrar que sabe lidar com isso. Vai melhorar seu discurso, ou descamba de vez.

Tempos de plebeu

Ex-proprietário de três jatos, o ex-bilionário (mas ainda milionário) Eike Batista voou do Rio de Janeiro para Brasília no sábado (voo 2064, da Gol) sem frescuras. Tem sido assim nos últimos meses. E fez questão de ser visto pelos passageiros.

Ditadura civil

O ex-presidente da Bolívia Evo Morales, que renunciou ontem à tarde, tinha apenas o apoio dos cocaleros que financiava. Perdeu até parte da polícia nacional e das Forças Armadas. É o resultado de anos de censura, perseguição policial a opositores, manobra constitucional para forçar sua permanência no poder e a falta de transparência total na contagem dos votos da eleição.

Memorial

Há anos a Coluna acompanha a situação sócio-política do país hermano. Em conversa com o ex-presidente boliviano Tuto Quiroga, em 2014, ele nos revelou que a maior chaga do país é a dependência da produção de cocaína, que movimenta boa parte da economia local. São US$ 12 bilhões por ano. E Evo fechou os olhos para o problema.

Contras..

A decisão do Supremo Tribunal Federal de derrubar a prisão após condenação em segunda instância rachou associações e entidades do Judiciário. “Lamento a decisão do STF e reafirmo a preocupação do Ministério Público brasileiro com o provável retrocesso jurídico”, disse Victor Azevedo, presidente da Associação Nacional do MP.

..e prós

Já a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia, dos criminalistas que defenderam os investigados, comemora. Reforça que todos têm o direito de ampla defesa, em liberdade, até a última instância – o trânsito julgado.

Feminicídio

É Proposta de Emenda à Constituição e não projeto de lei a que avança no Congresso sobre imprescritibilidade dos crimes de feminicídio e estupro. Não precisará de sanção do presidente Bolsonaro. 

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