As Damas de Picos
Não, gentes boas, não irei falar sobre as senhoras da cidade de Miolinho. Prendadas madames picoenses. Quero me reportar a uma competição aberta na terra de Warton Santos e que deixou o futebol para trás. O jogo com os pés está perdendo pro prélio com as mãos e com a cabeça porque os dedos fazem o que a cuca manda e no futebol só quem pode pegar com as mãos é o goleiro.E para fiscalizar e punir com uma pena tem o árbitro de campo, o chamado juiz de futebol. É uma profissão assaz, muito ingrata porque o cidadão investido nesta função, o menor nome que leva é o de ladrão. Mas deixa isto para lá e vamos falar num negócio que é esporte da cabeça, não é de bola, com o pé ou a mão, nem de campo nem de salão. É um mexe dedos. E os dedos fazem o que a cabeça manda. Trata-se do conhecido” Jogo de Damas”. Por sinal que é praticado mais pelos cavalheiros. As damas ficam só na beiradas torcendo pelos seus maridos ou “ficantes”. Mas nos Picos de Miolinho foi realizado o primeiro campeonato de Damas que recebeu o nome do ex edil picoense Dagoberto Rocha ,um apaixonado por este jogo dedálico. Veio gente de todo canto, até do Ceará e tinha muito idoso e no meio deles, um coroa de 89 anos, o seu Ismar, dos Picos, que disse que desde os dez anos que mexe com a pedras da dama e agora não mas antigamente mexia também com as mulheres damas. E assim num clima de saudosismo e alegria, transcorreu esta bela competição de jogo de damas entre cavalheiros de mais de setenta anos, os chamados decanos. Era gente de vários estados deste Brasil varonil descoberto no dia 21 de abril. E assim foi o primeiro ”OPenpi” e espero que venha a se repetir e que surjam outros por aí. O campeão foi o Allan Iggor que recebeu troféu e quinhentos “paus”. Chico Marcelo ficou em segundo lugar e levou um troféu e 350 reais. Robério , o terceiro, um troféu e duzentim. Mauro Pereira ficou nos “quartos” e mordeu cento e vinte uma medalha e Franco Alexander, uma medalha e mais cinquentinha. O evento cultural aconteceu no Boteco Da Chicosa lá no Canto da Várzea e ela lavou a burra e vendeu foi muita cerveja.
Mestre Salim
Uma das figuras do meu próximo livro (Os Cearenses em Therezina). Sargento Salim. Na vida civil era um líder religioso e tinha numerosos adeptos como se vê nesta foto num dia de Iemanjá. Líder da torcida do Flamengo de Teresina. Saravá !
Vamos caminhar ?
A Caixa Econômica está chamando o povo para se mexer. No dia 19 de março vai acontecer uma corrida e uma caminhada para andantes para cadeirantes. É a “onzima”. Para participar tem que se inscrever, não é assim na tora, chegar na hora, meter os peitos e sair correndo. É organizado. Quem está organizando é o pessoal da APCEF,ali na praça do Liceu e também na sede a presidente Kennedy. Eu vou me inscrever porque estou beleza dos joelhos e até correndo atrás do prejuízo. Aconselho aos da minha época para não esmorecer e está sempre alerta como escoteiro. A idade é a gente que faz. E eu não nego minha idade. Sempre que me perguntam eu respondo, na hora: Sim. Faço sessenta e nove.
Por um “Bom Preço"?
Os desportistas piauienses mais veteranos sempre falam sobre o que se tinha e o que não se tem mais como aquela vontade dos tempos de rapaz. Fala-se do River Atlético Clube, o mais famoso de todos , o conhecido Galo Carijó que era dono daquela gleba ali perto do colégio de tia Aldinha. Uma coisa curiosa é que nos locais onde eram localizados nossos clubes tradicionais, River, Flamengo e Piauí hoje estão os supermercados mais abastados, os mais endinheirados. Ironia do destino porque os times estão todos os três lascados e mal pagos.Os nossos River, Flamengo e Piauí entraram numa taca grande. Uma tacadão !
Cadê nosso futsal?
O futebol de salão de Teresina que já teve seu tempo áureo com Banespa, CipaL, Benfica, AABB, Rio Negro, Flamengo, River, Piauí e outros menos lembrados, agora mesmo é que está abafado. Não se ouve mais falar em competições desta modalidade, um esporte que era a moda da cidade e as quadras da PM do Verão ou do SESC ou AABB eram lotadas com a mocidade sadia. Tempo em que não havia este “engordurante” chamado telefone celular. Necessário se faz que órgãos do governo ou município promovam ações para o incentivo e desenvolvimento do esporte de bola em Teresina. Porque esporte é vida, luz ,energia, é vontade de viver.