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Conteúdo dos vazamentos prejudica credibilidade das instituições

Essa desconfiança do brasileiro nas instituições públicas gera riscos a sociedade, pois cria um clima de instabilidade na situação política, que afeta a economia e traz outras más consequências.

13/06/2019 16:04

O conteúdo das conversas entre o procurador Deltan Dellagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato no MPF, com o então juiz Sérgio Moro e também com colegas procuradores, contribui para embasar os discursos que atentam contra a credibilidade das instituições brasileiras.

Desde 2013, a desconfiança dos brasileiros em suas instituições tem crescido. Em 2017, o estudo global Edelman Trust Barometer informou que 62% dos brasileiros não confiavam nas instituições do país. Em 2018, a situação piorou tanto que só 18% tinham confiança no governo federal, exatamente a instituição responsável por planejar e executar o futuro das políticas de educação, saúde, infraestrutura, segurança, enfim, as que mais influenciam na vida das pessoas.

De volta ao conteúdo que começou a ser divulgado no último domingo (9), pelo site The Intercept Brasil, é possível afirmar que ele contribui para que o brasileiro, já tão desconfiado com órgãos do Poder Público, diminua ainda mais a confiança. Aliados do ex-presidente Lula, que sempre apostaram no discurso de perseguição ao líder político, ganharam mais “argumentos” para defender sua tese, ao ver o juiz responsável pelo julgamento tratar estratégias com quem apresenta as denúncias.

Essa desconfiança do brasileiro nas instituições públicas traz riscos à sociedade, pois cria um clima de instabilidade na situação política, que afeta a economia, gera um cenário que pode levar atores importantes a se esgarçarem ainda mais em busca do poder, e diminui a esperança da população em ter dias tranquilos a curto prazo.

Que a hackeamento do celular do coordenador da força tarefa seja investigado, assim como o comportamento do então magistrado e dos procuradores.

Conversas oriundas de grupos do aplicativo telegram foram hackeadas. (Assis Fernandes/O DIA)

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