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Em Teresina, com exceção do MDB, ninguém tem um vice competitivo

O cargo tem sido final de carreira para os últimos dois ocupantes.

15/09/2020 16:51

O processo de escolha do vice em uma chapa majoritária envolve várias discussões. Como diz o velho ditado, durante a campanha o vice é sempre convidado a somar. E depois dela, em caso de vitória, ele é convocado a sumir. Isso porque essa história de gestão compartilhada é discurso de campanha para empolgar militância. Quem exerce o poder é quem fica com a caneta na mão, no caso, o prefeito.

Em Teresina, por exemplo, entre os candidatos a vice já anunciados oficialmente, apenas Robert Rios (PSB), vice de Dr. Pessoa (MDB), ainda tem algum respaldo político competitivo. E está muito mais vinculado ao passado do que necessariamente ao presente ou ao futuro.

O vice de Kleber Montezuma, R. Silva (PP), com todo respeito, não tinha sequer uma eleição de vereador garantida. Tanto que atualmente está na condição de suplente. A pastora Diana Carvalho, anunciada como vice de Fábio Abreu (PL), também não tem trajetória política, e nem base própria, já que vem do Republicanos, onde quem dá as cartas, inclusive indicando a vice, é o Pastor Gessivaldo Isaías da Igreja Universal.

O nome que ocupa a vice de Fábio Novo (PT) já é indicação após a indicada não ter dado certo. Érico Luís, diga-se de passagem, pensava que estava filiado ao Solidariedade e na verdade continua no PTC.  Já Valter Lima, vice de Simone Pereira, também é novato nas urnas.

Sede da Vice-Prefeitura de Teresina, localizada na Zona Leste (Foto: Google Maps)

Na prática, se antes era buscado para o espaço de vice um político experiente, com respaldo em urnas, ou às vezes no mundo empresarial, o momento agora demonstra que o perfil mais indicado para o vice é exatamente não atrapalhar... ser discreto, não querer aparecer mais que o candidato a prefeito e nem ter uma base política no parlamento – o que no mandato pode ajudar a articular impeachment.

Além de tudo isso dito acima, é válido ressaltar que em Teresina, os últimos vices praticamente tiveram fim de carreira política. O penúltimo a ocupar o cargo na Capital foi Ronney Lustosa, que depois não conseguiu se eleger a vereador e o atual, Luís Júnior, não vai concorrer a nenhum cargo neste ano.

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