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Ninguém quer liderar a oposição em Teresina. Aliás, que oposição?

Está cada vez mais difícil encontrar quem quer fazer oposição no parlamento.

11/01/2021 16:38

Na Câmara Municipal de Teresina, ninguém quer liderar a oposição. Cotado para a função, Evandro Hidd, do PDT, disse que não é sua prioridade para o momento e pretende focar no crescimento de seu partido na Capital e no interior. Já no PSDB, Edson Melo, o mais tucano de todos, já deixou claro que neste ano quer apenas observar a gestão municipal e afirmou que o prefeito Dr. Pessoa (MDB) tem todo o direito de planejar mudanças no comando da cidade. "Eu não sou da turma do quanto pior, melhor", disse Edson.

O Progressistas, partido adversário de Dr. Pessoa nas eleições de 2020, tem postura de independência. O vereador Valdemir Virgino, logo depois do resultado das eleições em novembro já tinha informado ao seu líder Ciro Nogueira que seria da base aliada do então prefeito eleito. Nas palavras do presidente municipal da sigla, Aluísio Sampaio, o partido quer contribuir com a gestão de Dr. Pessoa. Na prática, isso significa que não está em seus planos ser opositor.

No PSL, outra sigla eleita na oposição a Dr. Pessoa, todo mundo está calado. Em busca de acenos e com a proximidade da sigla com o presidente da Câmara, Jeová Alencar (MDB), é dado como certo que os vereadores do partido estarão em breve alinhados à nova gestão municipal.


Não é de hoje que na política brasileira as oposições vêm sendo reduzidas cada vez a mais. No Piauí, em âmbito estadual, por exemplo, só 10% da Assembleia Legislativa faz oposição ao governador Wellington Dias (PT). Parece até que os parlamentares – estaduais e municipais – esqueceram a nobreza do papel do oposicionista, que é majoritariamente responsável pela fiscalização do executivo, ter a independência necessária para apontar erros e falhas das gestões, além de representar parcela significativa da população que não se sente contemplada com quem está no exercício do Poder Executivo.


Plenário da Câmara Municipal (Foto de Arquivo/Assis Fernandes/O DIA)


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