Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

Por que faço as coisas que faço? Qual o sentido de tudo isso?

Autora: Nadja Mangini Lorenzini – Belo Horizonte/MG – Pesquisadora da Ciência Logosófica.

17/10/2019 08:22

--

A transformação do mundo a partir de si mesmo” (ISBN: 978-85-60232-02-4) foi o tema que os jovens pesquisadores de Logosofia se propuseram investigar à luz desta nova concepção humanística. Esse estudo os fez voltar sobre a realidade do mundo mental, cuja influência mais evidente se expressa na cultura e costumes de um povo. Também os fez refletir sobre seu mundo interno, que se manifesta em seu temperamento, caráter, tendências e predileções. A investigação os levou a revisar os conceitos e valores que devem ser incorporados à vida, para que cada um seja ator consciente dessa transformação. 

Se o estudo levou os jovens a perceberem o quanto podiam realizar em si mesmos, despertou também o sentimento altruísta de querer fazer com que outros pudessem viver e experimentar a mesma felicidade. Perceberam, ao final, que a transformação do mundo está vinculada à própria superação da espécie humana no que diz respeito às suas possibilidades intelectuais, morais e espirituais.

Os ensaios publicados nas páginas deste livro apresentam reflexões e experiências dos jovens em torno deste tema. Os resultados alcançados até o momento indicam que ainda há muito por fazer. Que isso se constitua num grande estímulo para que todos se unam em um grande ideal: a superação.

--

Convoquei reunião!

Por que faço as coisas que faço? Para que trabalho, estudo, convivo com as pessoas etc.? Qual o sentido de tudo isso?

Como universitária, sempre tive o objetivo de ir bem na faculdade, pois gostava de aprender. Eu estava conseguindo isso, mas, por algum motivo, parecia que não era suficiente. Quando voltava para casa, depois de um dia de aulas, sentia um vazio. Mas não dava importância para isso... Acabava me distraindo com uma música alegre, ou lembrando das coisas que tinha para fazer ao chegar em casa.

Certo dia, aquele vazio me doeu tanto, que senti que precisava fazer alguma coisa. Convoquei, então, naquele instante, uma reunião comigo mesma. Em franco diálogo interno, tentei entender o que estava acontecendo. Foi difícil tirar a atenção do mundo a minha volta e concentrar em mim. Mas consegui! Fui em busca das causas reais da minha angústia. E inspirada por aquelas perguntas, sobre o sentido das pequenas e grandes coisas da vida, achei a solução.

Na faculdade, a maior parte das disciplinas que eu fazia eram optativas, e por isso não conhecia bem a turma. No intervalo entre uma aula e outra, em que eu e meus colegas nos sentávamos no corredor para esperar, eu tentava aproveitar o tempo lendo um artigo da matéria ou vendo e-mails e mensagens no celular. 

Também para aproveitar o tempo, quando chegava em casa, era a conta de comer alguma coisa e eu já estava no quarto, pondo tudo em dia. Mal sobravam alguns minutos para conversar com meus pais.

A partir da audiência comigo, enxerguei realidades que antes não via: o que eu considerava uma forma de aproveitar o tempo na faculdade era, na verdade, timidez e inibição de conhecer novas pessoas. Já quando chegava em casa, o que seria tão importante resolver, a ponto de não dedicar tempo para a família? Para que servia aquela pressa toda, se, em muitos outros momentos, eu desperdiçava o tempo? 

Comecei a aplicar uma nova estratégia! Em vez de fazer tudo rápido, passei a sair mais tranquila da aula, parar para conversar ao encontrar um amigo no caminho e ainda puxar assunto com quem não conhecia. Passei a aprender muito mais com as pessoas, conhecer suas alegrias, dificuldades... Comecei a me sentir tão rica!

Quanto à volta para casa, me lembrava dos meus pais, com carinho, durante o trajeto. Isso fez com que, de repente, os casos que eles contavam ficassem bem engraçados. E aquela dúvida que tinham no celular? Passou a ser uma alegria resolver. 

Aquele vazio que eu sentia foi sendo preenchido. Preenchido pelo quê? Pelos sentimentos. A partir do interesse pelo outro, minha vida se enriqueceu com fragmentos de outras vidas. 

Quanta diferença uma reunião pode fazer!

--

Para saber mais...

Para saber mais sobre a ciência logosófica, visite e assine nossos principais canais: YouTube (www.youtube.com/logosofia), Facebook (www.facebook.com/logosofia) e Instagram (@logosofiabr), além do site oficial da Logosofia – www.logosofia.org.br.

Em Teresina (PI), a Fundação Logosófica – em prol da superação humana – está presente no seguinte endereço: Rua José Paulino, 845 - 1º andar / Sala 110 – Fátima. Mais informações pelo telefone: (86) 994529269.

Mais sobre: