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Posso Criar meu próprio destino?

Autor: Carlos Bernardo Gonzáles Pecotche

16/12/2019 12:12

O homem, sua vida e seu destino são questões que têm merecido toda a atenção de nossa parte. A concepção logosófica a respeito é de uma amplitude e clareza que resiste à análise e responde à objeção com toda a força de sua lógica. Ante seus rochedos invulneráveis e irremovíveis, as ondas da crítica se tornam mansas, e mais de uma vez temos visto as águas densas do ímpeto se transformarem em branca espuma, após o choque com a realidade que as detém.

Ao falar aqui do homem, vamos nos referir ao protótipo real do indivíduo, ao ser inteligente e espiritual que busca a gravitação de sua consciência em tudo o que pensa e faz; uma gravitação que haverá de fazer-se efetiva quando o conhecimento de si mesmo for um fato positivo e evidente nele. Há aqueles que pensam havê-la obtido por meio das disciplinas seguidas em Para o comum dos homens, a vida é o espaço compreendido entre o primeiro e o último dia de seu ser físico. Pertence-lhes exclusivamente e podem, portanto, fazer dela o que lhes apraz. Isto é tão sabido como certo; o indivíduo que assim pensa, porém, conhece todos os usos que pode fazer dessa grande oportunidade humana? Mais de uma vez não o temos visto deplorar, entristecido, o tempo que sem proveito lhe fugiu com a vida? Não o temos visto insatisfeito e desconforme com a existência que levou? E não tem ele atribuído à má sorte seus adoecimentos e infortúnios? Pois bem, que solução lhe foi oferecida para desfrutá-la em seus amplos e elevados conteúdos?

Reconheçamos honestamente que os ensaios filosóficos e as tentativas de outras ordens foram insuficientes; mais ainda: em muitos casos, levaram à confusão e, daí, à decepção.

A vida é um espelho onde se reflete o que o ser pensa e faz, ou o que os pensamentos próprios ou alheios o levam a fazer.

As almas que não se cultivam apresentam o triste quadro de uma vida desolada, vazia e obscura; as que o fazem preenchem, não há dúvida, certas necessidades internas, mas distam ainda muito de alcançar seus apreciáveis valores. Estamos nos referindo à vida comum.

No mundo da concepção logosófica, a vida adquire um sentido superior em todos os aspectos em que se configura.

Diferentemente da primeira, que se vive fora, pois suas preferências e  preocupações são externas, a vida animada pelo espírito logosófico é vivida internamente e num volume maior. Daí que os fatos que assinalam as diversas etapas do conhecimento de si mesmo deem lugar a tão intensas e profundas sensações estéticas, de relevos tais que a arte não ousaria reproduzir.

Não bastam, pois, nem a prática de princípios nobres e piedosos, nem todas as variações do engenho humano, para viver a vida na plenitude de sua força renovadora e no cumprimento dos altos objetivos de bem para os quais foi ela instituída. A verdadeira felicidade de viver se encontra quando vão sendo conhecidos os extraordinários e maravilhosos recursos que ela contém; ou seja, ao se conhecê-la por dentro, são descobertas suas ignoradas possibilidades e suas luminosas projeções.

Transformado o ser psicológica e espiritualmente pelo influxo de conhecimentos tão essenciais para seu aperfeiçoamento, também seu destino se delineia com

outros contornos e oferece perspectivas de qualidade muito superior às que esperam o indivíduo que permanece alheio a estas verdades. Esse destino que cada um pode forjar depende muito da realização interna e do avanço no conhecimento de si próprio. É, por conseguinte, o próprio ser quem voluntariamente pode mudar seu destino por outro melhor, quando sua inteligência se esclarece e busca outros horizontes em que possa expandir sua vida, elevando-a por cima de toda limitação. Esse destino é o patrimônio espiritual do homem; o arcano inviolável que contém impresso o processo secreto de sua existência.

Diremos, por último, que é deficiência comum do temperamento humano a carência de iniciativa própria. A inércia mental, consequência da inatividade da função de pensar, mantém adormecida a capacidade criadora da inteligência. Correlativamente, e por natural gravitação, aparece a falta de estímulos. Aqui é onde se observa o precário estado psicológico de muitos que, sem saber definir o que lhes sucede, nem a que atribuir o estancamento em que vivem, passam seus dias e amontoam seus anos numa infecunda velhice. Faltos de condições para abrir seus entendimentos ao exame das experiências e situações, sem o incentivo das ideias, nada que não sejam os caprichos da sorte poderá favorecer o movimento feliz de seus pensamentos.

O conhecimento logosófico edifica e impulsiona ao mesmo tempo os afãs de capacitação. Fundamenta-se na realidade da vida humana e de tudo quanto existe, e ensina a conduzir o pensamento por caminhos seguros. Como ensinamento, desperta o entusiasmo e, ao mesmo tempo que orienta o entendimento, proporciona sugestões que são captadas pela mente e que a inteligência traduz em iniciativas. Eis aí a grande virtude comprovada por quantos dedicam parte de seu tempo à leitura, observação e estudo de nossa ciência.

O homem deve ir sempre em busca daquilo que não está na órbita dos conhecimentos comuns, a fim de dilatar a vida rumo a campos fecundos, os quais, dominados pelo saber e pela experiência, lhe permitam alcançar progressivamente maior perfeição. Em cada novo dia em que sua vida penetre, deverá encontrar um incentivo para aproveitá-la melhor, e também algo que o inspire acerca do que deve fazer para que os dias vindouros superem os atuais e lhe proporcionem, ao serem vividos, o benefício de sentir-se bem, seguro e feliz.


Do Livro: O mecanismo da vida consciente.

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