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Troquei minha companheira de toda vida por outra

Desde a tenra idade, só tinha olhos para aquela que acabei de trocar

19/04/2015 13:07

Ainda era algo recôndito, íntimo, preso com trancas e pregos, mas hoje resolvi revelar: troquei minha companheira de toda vida por outra. Depois de quarenta e poucos nos anos juntos, enfim, nos separamos.

Não foi fácil a troca, aliás, não está sendo, encontro-me em processo de adaptação. Porém, não havia como continuar com aquele caso antigo, feria-me, apertava-me, limitava meus passos, cortava minha pele, sobretudo a pubiana.

Talvez devesse ter buscado outra saída, recorrido a alguém com o mesmo problema. Ou quem sabe ter procurado ajuda a um especialista de reparos, de medidas preventivas, mas não fui, e por conta própria, decidi romper os lanços afetivos e trocar por outra, e assim me despi de tal incômodo.

Foi uma convivência longa, de muito tempo, quase eterna, mas acabou, e como diz aquela roqueira, “o pra sempre, sempre acaba”. Talvez sinta falta nos próximos dias, meses, anos ou até décadas, no entanto, compreendi que não vale a pena viver com alguma coisa que te machuca, fere, e aperta cada instante de sua existência. Troquei mesmo, e porquanto, não me arrependo.

É claro que as lembranças serão inevitáveis. Das vezes que dormi confortavelmente vestido nela, das outras vezes que acordava e, alucinado, corria em busca de seu aconchego. Tudo ficará na memória, feito tatuagem, mas como se diz, a fila anda, e partir pra outra é preciso.

Também não suportava mais essa situação, ela, meu antigo caso, vivia dificultando minha vida. Na roda social, no ônibus, no trabalho, na universidade, meu deus na universidade, quantos constrangimentos passei.

Já esse meu caso novo, esse é diferente. Estamos nos dando bem, nossa relação é amistosa, tem um quê de bem-estar no convívio, e a liberdade que ela me proporciona encima minha segurança, virilidade e serenidade. Antes, tudo isso era impossível, me sentia desmazelado, desprotegido, desvalido.

Desde a tenra idade, só tinha olhos para aquela que acabei de trocar. Sinceramente, não era mais amor, era vício, costume. A relação ficou apócrifa, insustentável, por isso decidi cair fora, buscar outra opção.

E deu certo, agora sou completamente feliz e livre. Sem assaduras, sem a cintura marcada e os culhões totalmente à vontade, sou outro homem. Trocar minha companheira de toda vida por outra, foi a melhor escolha que já fiz. Vivo aliviado porque enfim me livrei de todas as minhas cuecas slips, aquelas com abertura frontal e apertadíssimas, e passei a usar cuecas samba-canção, com laterais mais larga e que dá a pele um conforto infinitamente melhor.

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