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Isonomia idílica

Isonomia idílica

14/02/2018 07:47

Isonomia idílica

Uma resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) publicada no início deste mês autorizou o financiamento das campanhas de candidatos com recursos próprios no pleito deste ano. A norma estabelece os limites máximos a serem gastos por cada candidato. Para o cargo de presidente da República, até R$ 70 milhões. Para governador, de R$ 2,8 milhões a R$ 21 milhões, conforme o número de eleitores do estado. Para senador, de R$ 2,5 milhões a R$ 5,6 milhões, também variando de acordo com o eleitorado. E, por fim, até R$ 2,5 milhões para deputados federais e R$ 1 milhão para deputados estaduais ou distritais. Por um lado, a medida é positiva, pois, em tese, permitirá um maior controle da Justiça Eleitoral sobre os gastos da campanha. Além de ser uma ótima oportunidade para desmascarar os políticos que declaram à Receita ter um patrimônio inferior ao que de fato possuem. Por outro lado, os limites previstos na norma do TSE ainda são bastante elevados, e podem estimular o encarecimento da campanha, indo na contramão da tendência que é defendida pela própria Justiça Eleitoral. A isonomia, que na prática nunca existiu, continuará sendo uma utopia. Afinal, apenas dois ou três candidatos terão como retirar do próprio bolso R$ 70 milhões para investir na campanha - uma vantagem significativa sobre os demais concorrentes, e que pode definir a eleição. 

Margarete Coelho (Progressistas) está empenhada em vencer a queda de braços com o MDB para manter o posto de vice-governadora na chapa de Wellington Dias (PT) no pleito de outubro. Ela aproveitou o último dia de Carnaval para visitar suas bases nos municípios de Demerval Lobão, Lagoa do Piauí e Água Branca. Na foto, ela pega a estrada na companhia do deputado Júlio Arcoverde, também do Progressistas.

Carnaval privatizado? 

Circula nos aplicativos de mensagens instantâneas um áudio em que um suposto apresentador de uma rádio de Salvador faz críticas duras à Prefeitura de Teresina por ter permitido que um bloco carnavalesco da capital fechasse uma via pública e cobrasse ingressos caríssimos, sem espaço para a chamada "pipoca", púbico que vai ao evento sem ter comprado abadás. Ao final do áudio, o radialista chega a ironizar o prefeito Firmino Filho. 

Fake news

Embora o mérito da crítica mereça ser avaliado pela população e pela própria prefeitura, a coluna descobriu que o áudio, na realidade, foi feito por um radialista de Teresina, não de Salvador. À coluna, o radialista garantiu que sua intenção não foi enganar ninguém, e disse que de fato fez a gravação quando estava em Salvador.

Fake news II

No áudio, ele diz que fala direto da capital baiana, e ao final pergunta qual é o nome do prefeito de Teresina, como se não o conhecesse, o que passa ao ouvinte a impressão de se tratar, de fato, de um programa de rádio de Salvador. O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí, desembargador Francisco Paes Landim, prometeu que a Corte será implacável com as fake news nas eleições deste ano.

Até pipoca paga

A coluna também apurou que em outro bloco, de pré-Carnaval, ocorreu sim o isolamento total de um trecho de uma avenida situada na zona leste da capital, próximo ao setor de esportes da UFPI. E para ter acesso ao espaço da festa, protegido por tapumes, os foliões precisaram desembolsar R$ 30, cada. O detalhe é que esse valor dava acesso apenas ao espaço da chamada "pipoca", sem direito a abadá e mais distante do trio elétrico. O abadá, por sinal, chegou a ser vendido por R$ 100.

Violência nas estradas 

Dados da Polícia Rodoviária Federal apontam que o Brasil é o país que possui o 5° trânsito mais violento do mundo, com cerca de 45 mil mortes por ano, número superior às mortes ocorridas nas guerras civis da Síria e do Iraque. O último balanço divulgado pela PRF informava que pelo menos sete pessoas morreram em acidentes nas BRs do estado durante o feriadão de Carnaval. 

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