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Machismo trava Marina

Leia a coluna Roda Viva da edição do jornal O DIA desta terça-feira.

10/09/2018 20:18

Machismo trava Marina

A candidata à Presidência pela Rede Sustentabilidade, Marina Silva, tem como maior adversário nestas eleições o machismo que ainda domina mentes e comportamentos de uma imensa parcela da população brasileira. Em 2014, a ex-ministra do Meio Ambiente chegou a liderar as pesquisas de intenções de voto, sendo a primeira opção de dezenas de milhões de eleitores que não queriam manter o PT no comando do Executivo nacional por mais quatro anos. No entanto, na última semana que antecedeu o primeiro turno, uma parcela dos eleitores de Marina caíram na jogada de marketing da campanha de Aécio Neves (PSDB), que insinuou que a candidata não teria "forças" para governar um país do tamanho do Brasil. O resultado todos sabem. No segundo turno Aécio não venceu o pleito, Dilma foi reeleita, traída pelo vice e defenestrada do Palácio do Planalto. Michel Temer (MDB) assumiu o poder, e no final das contas nem os apoiadores do legado petista nem os críticos ficaram satisfeitos. De lá para cá, descobriu-se que Aécio estava afundado até o pescoço nos escândalos de corrupção descobertos pela Operação Lava Jato, e a Procuradoria-Geral da República chegou a pedir sua prisão. O Supremo Tribunal Federal o afastou do mandato, mas seus colegas o salvaram, e o tucano foi, inclusive, defendido por petistas. Muitas pessoas, embora não explicitem esse comportamento em atitudes e palavras, ainda mantêm o machismo vivo em seu âmago. E foi o machismo que, em 2014, fez com que milhões de brasileiros trocassem na última hora a candidata Marina Silva por um político que foi acusado de corrupção passiva, obstrução da Justiça, lavagem de dinheiro, dentre outros crimes graves. Este ano, novamente, Marina vê parte de seus eleitores migrarem para outros candidatos, pelo simples fato de acreditarem que ela - por ser mulher - é "fraca".

"No Piauí, milhares de pessoas são dependentes químicas, mas, infelizmente, o estado não possui um local adequado para cuidar dessas pessoas. Eu tenho um projeto para criar esse local e vou levar ao Congresso" - a major Elizete Lima (Solidariedade), candidata a deputada federal e ex-coordenadora do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd) no Piauí.

Time de Lula

A militância do candidato do MDB ao Senado, Marcelo Castro, está, como se diz popularmente, “secando os dedos” de tanto repassar para seus contatos o vídeo do voto do emedebista contra o impeachment da ex-presidente Dilma. O objetivo é mostrar quem realmente faz parte do time de Lula.

Decisão judicial

O juiz eleitoral José Gonzaga Carneiro concedeu liminar a favor do candidato ao Governo do Piauí Wellington Dias (PT), obrigando um blog de notícias a publicar direito de resposta no prazo de até 48 horas, por conta da publicação de uma matéria que seria ofensiva ao petista, no dia 28 de agosto. A decisão também determinou a retirada da matéria do ar.

Toma lá, dá cá

Por falar no governador Wellington Dias, ele segue renomeando os aliados do deputado Gessivaldo Isaías (PRB) que tinham sido exonerados assim que o partido liderado pelo parlamentar confirmou apoio à candidatura de Dr. Pessoa (Solidariedade). Sendo assim, presume-se que Gessivaldo segue orientando suas bases a votar no petista, contrariando a decisão praticamente unânime do PRB, que decidiu apoiar Pessoa. 

O candidato ao Senado Robert Rios (DEM) continua disparando artilharia pesada contra o senador Ciro Nogueira (Progressistas). Nesta segunda-feira ele questionou a legitimidade de Ciro para dizer que apoia Lula. Robert lembra que o presidente do PP foi "decisivo" para o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o que teria facilitado a prisão de Lula. "Em Brasília, apoiou o impeachment, que acabou contribuindo para a prisão do Lula. E agora, na eleição, diz que está com o Lula", questionou Robert.

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