Mais de 600 pessoas, entre elas vários cineastas e profissionais deste meio, franceses, belgas e do mundo inteiro, assinaram uma carta em apoio ao diretor iraniano Keywan Karimi, condenado em primeira instância em Teerã a seis anos de prisão e 223 chibatadas.
Nesta carta dirigida ao chefe da autoridade judicial iraniano, o aiatolá Sadegh Larijani, e assinada pela "comunidade internacional de cineastas", os diretores exigem "a anulação imediata de todas as penas decretadas contra Keywan Karimi, com o objetivo de que possa continuar trabalhando sem medo".
Entre os signatários desta solicitação estão o diretor mauritano Abderrahman Sissako, ganhador de sete prêmios César na França pelo filme "Timbuktu", o cambojano Rithy Panh, a belga Delphine Noels, assim como seus colegas franceses Claude Lanzmann, Dominik Moll, Jean-Jacques Beineix, Julie Bertucelli, Nicolas Philibert, Michel Ocelot, Pascale Ferran, entre outros.
No começo de dezembro passado, 130 cineastas iranianos já tinham lançado uma carta de apoio a Karimi, antes de que se examinasse sua apelação.
Keywan Karimi, muçulmano sunita originário do Curdistão iraniano, teria sido condenado por cenas de um filme documentário dedicado aos grafites políticos nas paredes e muros de Teerã, intitulado "Escrever sobre a cidade".