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Estudo mostra impacto positivo de 13 Reasons Why e em pais e adolescentes

Ainda não há uma data exata para a volta de 13 Reasons Why à Netflix, mas a segunda temporada continuará a explorar temas como assédio sexual e depressão

22/03/2018 08:06

Há mais ou menos um ano, a Netflix estreou uma de suas mais polêmicas séries: 13 Reasons Why. O sucesso e o domínio das conversas nas redes sociais veio junto com uma série de críticas sobre como o programa aborda assuntos como assédio sexual, suicídio e bullying. Passado esse tempo, o serviço de streaming procurou entender o que aconteceu durante esse período. Por isso, na última semana, ela realizou um evento em Nova York apresentar um estudo sobre essas consequências e como o seriado influenciou a audiência, principalmente pais e adolescentes.

A primeira pessoa a subir ao palco da apresentação foi a líder da pesquisa, Dr. Ellen Wartella, diretora do Centro de Mídia e Desenvolvimento Humano da Northwestern University. Munida de inúmeros dados providos de uma pesquisa realizada nos EUA, Brasil, Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia, a acadêmica mostrou como os temas de 13 Reasons foram, no geral, bem recebidos pelo público. "Os dados globais são bem semelhantes, com algumas especificidades por regiões. Os brasileiros foram os que mais responderam positivamente à série e os australianos os mais neutros", comentou.

Além das características por região, Ellen deixou claro que a maioria dos cinco mil entrevistados viu o seriado como algo quase instrutivo. Mais de 65% dos adolescentes que participaram da pesquisa aprenderam novas informações sobre temas como assédio e depressão, e mais da metade dos pais enxergou a série como uma abertura para abordar esses assuntos com os filhos. "Os pais também se sentem representados pelos personagens e situações", disse a doutora.

"Muitos dos personagens que temos são reflexo de estereótipos que vemos no dia a dia. Existem vários pais que não conseguem alcançar os próprios filhos ou não entendem como chegar até eles para comentar sobre um assunto", comentou o roteirista Brian Yorke, responsável pela adaptação. Nessa toada, os dados de Ellen corroboram o quanto a ficção influencia e causa impacto na audiência - principalmente nos jovens adultos. Cerca de 63% deles viam situações e personalidade do seu cotidiano representados na tela; além disso, a maior parte dos participantes achou o visual e a forma como a série mostra esses problemas ideal.

"Quando você adapta alguma história deste jeito é preciso ser muito verdadeiro. Por mais que histórias para jovens sejam sempre algo com fim positivo, se você for 'surreal' demais às vezes o público se afasta. Por isso, queríamos fazer uma adaptação real, fiel e que fosse honesta com a realidade do público atual", complementou Yorke, que foi complementado pelo Vice Presidente de Séries Originais da Netflix, Brian Wright. "Nós sempre soubemos que seria uma história de impacto, devido ao livro e ao que queríamos fazer. Quando a série saiu tivemos muitas conversas sobre ela e junto disso muitas críticas e opiniões divergentes. Independente disso tudo, paramos para analisar quais foram essas conversas e como poderíamos melhorar nossa abordagem", disse.


Fonte: Omelete
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