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Ex-presidente do Sporting é acusado de mandar agredir jogadores

Segundo os investigadores, o antigo cartola teria articulado um plano para agredir jogadores e o treinador do clube.

13/11/2018 13:36

Bruno de Carvalho, ex-presidente do Sporting, um dos principais times de futebol de Portugal, foi preso na noite do último domingo (11) acusado de 56 crimes, incluindo terrorismo.

Segundo os investigadores, o antigo cartola teria articulado um plano para agredir jogadores e o treinador do clube. Em maio deste ano, torcedores descontentes com os resultados do Sporting foram até centro de treinamento do time, onde agiram com violência com a comissão técnica e os atletas.

Após o episódio, e de uma série de polêmicas, Carvalho acabou destituído da presidência do clube por uma assembleia geral entre os sócios.

O ataque, sem precedentes no futebol português, envolveu mais de 40 torcedores, que entraram na Academia do Sporting, em Alcochete (cidade próxima de Lisboa), com o intuito de agredir os jogadores.

Durante 20 minutos, dois grupos de torcedores partiram à caça dos atletas e da comissão técnica nas instalações do clube. Houve tumulto no vestiário, onde a maioria tentou se refugiar.

Mais de dez jogadores relataram agressões, além do próprio técnico, Jorge Jesus.

Por conta da violência, diversos atletas rescindiram o contrato com o Sporting por justa causa. Um dos casos mais famosos é o de Rui Patrício, goleiro da seleção portuguesa, que se transferiu para a Inglaterra, onde atualmente defende o Wolverhampton Wanderers.

Segundo o Ministério Público português, o então presidente do clube não só sabia do plano de agredir os atletas como teria sido um de seus articuladores. Ele teria contado com a ajuda do líder da Juveleo, principal torcida organizada do Sporting.

O chefe da organizada, Bruno de Carvalho, conhecido como Mustafá, também foi detido no domingo. Além das acusações relacionadas à violência com os jogadores, a polícia encontrou ainda drogas na sede da torcida.

Os dois prestam depoimento a um juiz nesta terça (13) e devem seguir detidos. Outras 38 pessoas também estão presas por ligação ao episódio.

Em entrevista à TV portuguesa, o advogado de Bruno de Carvalho negou que o ex-presidente do clube de Alvalade tenha qualquer participação no caso.

Fonte: Folhapress
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