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Gelo após exercício: saiba quando usar a crioterapia para recuperação

Método é bastante usado no período após a prática esportiva. No entanto, há casos em que ela não é indicada, podendo até atrapalhar o desempenho do atleta amador

29/03/2016 11:43

A imersão no gelo ou na água gelada, conhecida como crioterapia, é um procedimento que tem sido bastante utilizado no período de recuperação pós-exercício. Sem dúvida, existem muitas evidências de seu benefício quando utilizada imediatamente após a atividade mais intensa, com o objetivo de contemplar o processo de recuperação. Entretanto, existem algumas considerações que devem ser feitas, dependendo das diferentes situações em que o procedimento possa vir a ser utilizado. 

Uma revisão científica muito boa sobre o assunto foi publicada no mês de fevereiro na revista Sports Medicine e suas conclusões são bastante interessantes e de ampla aplicação prática. Segundo os autores, existe um grande número de evidências científicas que indicam que a imersão em água gelada atenua o chamado quadro da  “dor do dia seguinte”, melhorando sensivelmente a recuperação pós-exercício, principalmente do processo decorrente de atividades contínuas ou intermitentes de longa duração.  

Portanto, na recuperação de um treino longo ou uma prova de corrida de longa distância, a imersão em água gelada é uma indicação consensual para melhorar a recuperação. Os trabalhos publicados indicam utilizar temperaturas entre 5 e 10 graus por um tempo em torno de 15 a 20 minutos para o melhor resultado. 

Crioterapia: imersão na água gelada para uma rápida recuperação após o exercício (Foto: Divulgação)

Por outro lado, existem situações nas quais a crioterapia não deve ser utilizada. Se existir a situação de realização de uma nova atividade física após um curto espaço de tempo, como em algumas competições esportivas. A imersão na água gelada prejudica a realização de uma nova atividade por diminuir rapidamente o metabolismo, a temperatura corporal, promover vasoconstrição e consequentemente diminuir a performance.

Os efeitos da crioterapia deverão ser sempre voltados à melhora do quadro do dia seguinte, proporcionando que um novo treino ou nova atividade encontre o músculo com melhor recuperação.

Fonte: Globo Esporte - Eu Atleta
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