Na noite desta quarta-feira (21) aconteceu o julgamento do "caso Rogério", pela Comissão Disciplinar do Tribunal de Justiça Desportiva do Piauí (TJD–PI). A ação impetrada pela equipe do Parnahyba Sport Clube acusava o River de ter escalado o volante Rogério de forma irregular no jogo de volta pela semifinal do returno do Campeonato Piauiense, alegando o acúmulo de três cartões amarelos.

Julgamento ocorreu no início da noite desta quarta-feira (Foto: Elias Fontinele / O DIA)

Devido ao processo, o título de campeão piauiense 2016 estava sub judice, mas por votação unânime (quatro votos) foi declarada a extinção do processo e por consequência o Galo Carijó se sagra tricampeão piauiense. Agora, a equipe aguarda que seja informado à Federação de Futebol do Piauí (FFP) que não existem mais pendências jurídicas que seja dado o título ao River. A defesa do Parnahyba afirmou que irá recorrer da decisão.

No início da sessão, o procurador da comissão disciplinar, José Mendes Benigno, deu seu parecer sobre o caso e optou pelo arquivamento do processo. Logo em seguida um dos relatores fez um pequeno resumo sobre o caso e passou a palavra ao advogado do Parnahyba, Hélio Alelaf. Já o advogado de defesa do River, Augusto Chabloz, foi o último a apresentar seus argumentos.

De acordo com Augusto Chabloz, não se pode tratar sob acumulação de cartões porque isso já havia sido tratado por uma ação anterior, em que o processo foi declarado extinto. “A decisão em suma falou que não se pode tratar de algo que já foi tratado. Então não pode essa medida inominada versar sobre algo que não pode ser objeto de medidas inominadas”, resumiu o advogado.

O advogado do time do litoral, Hélio Alelaf, contrapôs que a própria FFP relatou ao tribunal sobre o acúmulo de cartões do atleta. “O cartão amarelo quando você acumula três automaticamente você é punido. Se existe alguma dúvida se acumula ou não o próprio regulamento da CBF sana a dúvida, então o Parnahyba fica insatisfeito, mas acata a decisão, porém vamos recorrer ao pleno do TJD”, sustentou Hélio.

A diretoria do River se fez presente através do Supervisor de Futebol, Evaldo Carvalho e do Diretor de Futebol, Robert Ibiapina. “Ficou tudo dentro do esperado. Isso já está virando uma coisa sem cabimento, por unanimidade dos votos os procuradores mandaram arquivar afirmando a inexistência do processos. A comissão foi bem clara, arquivamento pela inexistência do processo, como vou apelar por uma coisa que não existe?”, indagou Robert.

Após o pedido ser redigido, o novo processo junto a comissão disciplinar tem dois dias para juntar aos autos do processo a decisão. A diretoria jurídica da equipe tem até três dias para apresentar recurso para o pleno do Tribunal de Justiça Desportiva do Piauí.

Com o resultado a equipe do River se sagra campeã do returno do piauiense de 2016. E por consequência tricampeã Estadual, já havia ganhado o turno.

Por: Pâmella Maranhão